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02/10/2001
-
17h46
ELAINE COTTA
da Folha Online
As Bolsas norte-americanas fecharam em alta hoje após uma tarde de fortes oscilações devido ao novo corte dos juros nos EUA.
O que mais preocupou o mercado foi a sinalização do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) de que os atentados terroristas irão prejudicar ainda mais a recuperação da economia norte-americana. A notícia chegou a derrubar os mercados minutos após conhecido o teor do comunicado do Fed.
O corte dos juros para 2,5% ao ano ficou dentro da expectativa do mercado e já havia sido digerido pela manhã, quando o mercado teve valorização.
A redução é a nona deste ano e levou a taxa dos EUA para o patamar mais baixo desde maio de 1962.
As previsões do Fed são de que os atentados terroristas do dia 11 de setembro irão fragilizar ainda mais a já desaquecida economia dos EUA. Segundo o Fed, os indicadores divulgados até agora apontam para isso.
Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,29%, totalizando 8.950,59 pontos, seguido pelo S&P-500, que subiu 1,23%, para 1.051,32 pontos.
A alta também foi estimulada pelas ações da Microsoft, que subiram 1,21%, da Boeing (+1,79%) e do varejista Wal-Mart, que teve ganhos de 1,64% depois de anunciar um projeto de expansão para o próximo ano.
Na Bolsa eletrônica Nasdaq, o principal indicador subiu 0,8%, para 1.492,31 pontos, com os títulos da Microsoft liderando a alta. As ações da companhia subiram 2,43% e as da Siebel systems, 15,17%.
Antes dos atentados terroristas, a economia dos EUA já mostrava sinais de desaquecimento mas conseguiu se sustentar devido ao consumo. Com os ataques, a confiança do consumidor registrou um forte declínio. Além disso, as mais de 100 mil demissões anunciadas só no setor aéreo podem interferir na confiabilidade do consumidor, afetando as vendas deste final de ano.
O consumo nos EUA é responsável por mais de 60% do PIB (Produto Interno Bruto), que vem caindo em 2001 em comparação com os últimos anos. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
Leia maisConfira a evolução dos juros nos EUA
Fed corta juros para 2,5% ao ano nos EUA
Veja a íntegra do comunicado do Fed
Pessimismo do Fed preocupa Wall Street; Bolsa de NY sobe 0,8%
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As Bolsas norte-americanas fecharam em alta hoje após uma tarde de fortes oscilações devido ao novo corte dos juros nos EUA.
O que mais preocupou o mercado foi a sinalização do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) de que os atentados terroristas irão prejudicar ainda mais a recuperação da economia norte-americana. A notícia chegou a derrubar os mercados minutos após conhecido o teor do comunicado do Fed.
O corte dos juros para 2,5% ao ano ficou dentro da expectativa do mercado e já havia sido digerido pela manhã, quando o mercado teve valorização.
A redução é a nona deste ano e levou a taxa dos EUA para o patamar mais baixo desde maio de 1962.
As previsões do Fed são de que os atentados terroristas do dia 11 de setembro irão fragilizar ainda mais a já desaquecida economia dos EUA. Segundo o Fed, os indicadores divulgados até agora apontam para isso.
Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,29%, totalizando 8.950,59 pontos, seguido pelo S&P-500, que subiu 1,23%, para 1.051,32 pontos.
A alta também foi estimulada pelas ações da Microsoft, que subiram 1,21%, da Boeing (+1,79%) e do varejista Wal-Mart, que teve ganhos de 1,64% depois de anunciar um projeto de expansão para o próximo ano.
Na Bolsa eletrônica Nasdaq, o principal indicador subiu 0,8%, para 1.492,31 pontos, com os títulos da Microsoft liderando a alta. As ações da companhia subiram 2,43% e as da Siebel systems, 15,17%.
Antes dos atentados terroristas, a economia dos EUA já mostrava sinais de desaquecimento mas conseguiu se sustentar devido ao consumo. Com os ataques, a confiança do consumidor registrou um forte declínio. Além disso, as mais de 100 mil demissões anunciadas só no setor aéreo podem interferir na confiabilidade do consumidor, afetando as vendas deste final de ano.
O consumo nos EUA é responsável por mais de 60% do PIB (Produto Interno Bruto), que vem caindo em 2001 em comparação com os últimos anos. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
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