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03/10/2001
-
12h50
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O relatório da Standard&Poor's - que aponta o Brasil como um dos três países mais vulneráveis da América Latina - e o avanço da oposição na Argentina às vésperas das eleições legislativas ampliam hoje o clima de pessimismo na Bovespa, que opera no final da manhã em queda de 0,97%, aos 10.249 pontos, com volume de R$ 254,6 milhões.
"Estamos na sombra do último relatório da Standard & Poor's", resume o analista Mauro Giorgi, da corretora São Paulo.
Apesar do documento ter sido divulgado ontem, o impacto maior está sendo sentido hoje, devido à repercussão nos jornais especializados, explicou o analista.
"Ontem foi a reação dos profissionais que estão ligados em tempo real às notícias. Hoje foi a reação do investidor comum."
Ele confirma que a Bovespa está colada no mercado acionário argentino, que vive mais um dia de perdas do Merval, seu principal índice, e de desvalorizações dos títulos da dívida.
O comportamento das Bolsas norte-americanas ficou em posição secundária.
O Dow Jones, índice da Bolsa de NY, está volátil. Há pouco subia 0,20%. A Nasdaq valorizava-se 2,23%.
Com o fechamento do mercado internacional aos países emergentes, prevalece na Bovespa a preocupação com as dificuldades do Brasil de captar recursos externos, aliviando o balanço de pagamentos.
Hoje, foi divulgado que os estrangeiros retiram da Bovespa R$ 140,9 milhões em setembro.
"Eles estão olhando mais para seus próprios prejuízos e problemas. Isso significa que o investidor estrangeiro vai concentrar suas atenções e recursos em seus mercados, pois confiam mais em sua economia e conhecem mais", diz Giorgi.
Ele aposta que o balanço de investimentos estrangeiros na Bolsa paulista deve fechar com um saldo positivo abaixo de R$ 1 bilhão. Até setembro, estava em R$ 1,156 bilhão.
"Se não fosse o leilão do Santander para a compra das ações do Banespa, o saldo já estaria negativo", afirma o analista.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Bovespa está sob a sombra do relatório da S&P, diz analista
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O relatório da Standard&Poor's - que aponta o Brasil como um dos três países mais vulneráveis da América Latina - e o avanço da oposição na Argentina às vésperas das eleições legislativas ampliam hoje o clima de pessimismo na Bovespa, que opera no final da manhã em queda de 0,97%, aos 10.249 pontos, com volume de R$ 254,6 milhões.
"Estamos na sombra do último relatório da Standard & Poor's", resume o analista Mauro Giorgi, da corretora São Paulo.
Apesar do documento ter sido divulgado ontem, o impacto maior está sendo sentido hoje, devido à repercussão nos jornais especializados, explicou o analista.
"Ontem foi a reação dos profissionais que estão ligados em tempo real às notícias. Hoje foi a reação do investidor comum."
Ele confirma que a Bovespa está colada no mercado acionário argentino, que vive mais um dia de perdas do Merval, seu principal índice, e de desvalorizações dos títulos da dívida.
O comportamento das Bolsas norte-americanas ficou em posição secundária.
O Dow Jones, índice da Bolsa de NY, está volátil. Há pouco subia 0,20%. A Nasdaq valorizava-se 2,23%.
Com o fechamento do mercado internacional aos países emergentes, prevalece na Bovespa a preocupação com as dificuldades do Brasil de captar recursos externos, aliviando o balanço de pagamentos.
Hoje, foi divulgado que os estrangeiros retiram da Bovespa R$ 140,9 milhões em setembro.
"Eles estão olhando mais para seus próprios prejuízos e problemas. Isso significa que o investidor estrangeiro vai concentrar suas atenções e recursos em seus mercados, pois confiam mais em sua economia e conhecem mais", diz Giorgi.
Ele aposta que o balanço de investimentos estrangeiros na Bolsa paulista deve fechar com um saldo positivo abaixo de R$ 1 bilhão. Até setembro, estava em R$ 1,156 bilhão.
"Se não fosse o leilão do Santander para a compra das ações do Banespa, o saldo já estaria negativo", afirma o analista.
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