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04/10/2001 - 10h31

Empresas aéreas negociam cobertura de guerra de R$ 1 bi

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Depois de limitar o valor da cobertura do seguro de guerra a US$ 150 milhões, as seguradoras já começam a vender para as companhias aéreas novos produtos com cobertura de até US$ 1 bilhão. Por enquanto, nenhuma companhia brasileira comprou o novo seguro de R$ 1 bilhão. Mas a TAM e a Varig já estão em negociação para contratação da nova cobertura.

O principal empecilho para a compra do nova cobertura são as condições de contratação impostas pelas seguradoras. Para as companhias aéreas, as condições da nova cobertura são "altamente desfavoráveis". "É preciso negociar a nova cobertura, pois as condições ainda são desfavoráveis. As seguradoras exigem, por exemplo, o pagamento integral, imediato e à vista do prêmio", disse o diretor de contratos de seguros da Varig, Marco Antônio Castro.

Para a Varig, que está em vias de negociar a renovação da apólice geral de seguros, é muito complicado fechar uma cobertura adicional de seguro de guerra nessas condições. A apólice da Varig tem validade até o dia 30. A partir de 1º de novembro a companhia estará operando com uma nova apólice de seguro.

Segundo Castro, a apólice total será negociada somente depois da Varig discutir com as seguradoras o valor do custo da nova cobertura do seguro de guerra. A nova cobertura é calculada em cima do número de passageiros embarcados, ou seja, US$ 3,10 por cabeça. Dessa forma, os custos da Varig poderão passar de US$ 400 mil para US$ 50 milhões, já que o grupo transportou 16 milhões de pessoas no ano passado.

Além dessa cobertura adicional, a Varig terá que fechar até o final do mês a renovação da apólice geral. No ano passado, a companhia gastou US$ 8 milhões com programas de seguros aeronáuticos. A expectativa do mercado é que a apólice da Varig seja reajustada para US$ 30 milhões. Se a previsão for confirmada, a empresa passará a gastar US$ 80 milhões por ano com seguros.

A TAM também está negociando a ampliação da cobertura do seguro de guerra. Por enquanto, a companhia já fechou a contratação de uma cobertura de US$ 150 milhões.

Antes dos atentados terroristas, a cobertura do seguro de guerra variava de acordo com cada empresa. A TAM e Varig, por exemplo, tinham uma cobertura de US$ 1,5 bilhão. Depois dos atentados, os governos de vários países, inclusive o brasileiro, se comprometeram a bancar a cobertura adicional de guerra superior a US$ 150 milhões. Mas o governo brasileiro deu um prazo de 30 dias, que acaba no final deste mês, para as companhias contratarem novas coberturas de guerra.

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