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04/10/2001
-
09h05
MARCIO AITH
da Folha de S.Paulo, em Washington
O embaixador brasileiro nos EUA, Rubens Barbosa, considera que o Brasil não pôde aproveitar comercialmente o fortalecimento do dólar por causa de barreiras dos EUA a produtos brasileiros.
Ao divulgar o levantamento anual da embaixada em Washington sobre as barreiras impostas pelos EUA aos produtos brasileiros, Barbosa disse que "o Brasil é muito punido pelas barreiras americanas, mesmo tendo um déficit com os EUA".
Desde que o governo abandonou o regime de banda cambial, deixando o real flutuar, em janeiro de 1999, o dólar valorizou-se em 106,29% diante da moeda brasileira. Em tese, esse fato impulsionaria as exportações brasileiras porque tornaria os preços de produtos nacionais mais atraentes diante dos norte-americanos.
No entanto dados oficiais do governo dos EUA indicam que o Brasil continuou sendo um dos únicos países com déficit em sua balança comercial com o Estado mais rico do mundo, tendo até ampliado essa diferença em 2001, quando o dólar valorizou-se, até agora, em 29,57% ante o real.
No total, entre 1996 e 2000, o comércio entre os dois países gerou um superávit de US$ 18,6 bilhões em favor da economia americana.
Apenas a economia australiana teve desvantagem maior com os EUA nesse período, apresentando um déficit acumulado de US$ 34,6 bilhões. Com isso, o Brasil é o segundo "melhor" parceiro comercial dos EUA em termos de geração de superávit na balança comercial do maior país do mundo. No cômputo geral, os EUA registraram déficit de US$ 436 bilhões em 2000.
De acordo com Barbosa, "cerca de 60% dos produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos são afetados, de uma maneira ou de outra, por restrições tarifárias e não-tarifárias no mercado americano".
Segundo o Departamento de Comércio americano, a vantagem comercial dos EUA sobre o Brasil chegou a US$ 1,3 bilhão desde janeiro, ou 493%, se comparada ao mesmo período de 2000.
Curiosamente, dados do governo brasileiro sobre o mesmo período, feitos com metodologia diferente, indicam que o Brasil já teria atingido um pequeno superávit comercial com os EUA em 2000, o primeiro em seis anos, e estaria mantendo essa vantagem em 2001.
Barreira trava vendas aos EUA, diz Barbosa
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da Folha de S.Paulo, em Washington
O embaixador brasileiro nos EUA, Rubens Barbosa, considera que o Brasil não pôde aproveitar comercialmente o fortalecimento do dólar por causa de barreiras dos EUA a produtos brasileiros.
Ao divulgar o levantamento anual da embaixada em Washington sobre as barreiras impostas pelos EUA aos produtos brasileiros, Barbosa disse que "o Brasil é muito punido pelas barreiras americanas, mesmo tendo um déficit com os EUA".
Desde que o governo abandonou o regime de banda cambial, deixando o real flutuar, em janeiro de 1999, o dólar valorizou-se em 106,29% diante da moeda brasileira. Em tese, esse fato impulsionaria as exportações brasileiras porque tornaria os preços de produtos nacionais mais atraentes diante dos norte-americanos.
No entanto dados oficiais do governo dos EUA indicam que o Brasil continuou sendo um dos únicos países com déficit em sua balança comercial com o Estado mais rico do mundo, tendo até ampliado essa diferença em 2001, quando o dólar valorizou-se, até agora, em 29,57% ante o real.
No total, entre 1996 e 2000, o comércio entre os dois países gerou um superávit de US$ 18,6 bilhões em favor da economia americana.
Apenas a economia australiana teve desvantagem maior com os EUA nesse período, apresentando um déficit acumulado de US$ 34,6 bilhões. Com isso, o Brasil é o segundo "melhor" parceiro comercial dos EUA em termos de geração de superávit na balança comercial do maior país do mundo. No cômputo geral, os EUA registraram déficit de US$ 436 bilhões em 2000.
De acordo com Barbosa, "cerca de 60% dos produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos são afetados, de uma maneira ou de outra, por restrições tarifárias e não-tarifárias no mercado americano".
Segundo o Departamento de Comércio americano, a vantagem comercial dos EUA sobre o Brasil chegou a US$ 1,3 bilhão desde janeiro, ou 493%, se comparada ao mesmo período de 2000.
Curiosamente, dados do governo brasileiro sobre o mesmo período, feitos com metodologia diferente, indicam que o Brasil já teria atingido um pequeno superávit comercial com os EUA em 2000, o primeiro em seis anos, e estaria mantendo essa vantagem em 2001.
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