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06/10/2001 - 11h56

Risco-país do Brasil é o maior desde a máxi

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LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

As taxas de juros pagas pelos títulos da dívida externa brasileira, que servem para medir o risco-país, dispararam nesta semana e alcançaram o maior nível desde janeiro de 99, quando houve a maxidesvalorização do real.

Segundo os especialistas, tudo indica que continuarão a subir pelo menos até as eleições argentinas, que serão realizadas no dia 14 deste mês.

A aversão dos investidores ao risco de um país pode ser avaliada por essas taxas, mais precisamente pelo percentual pago acima dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (considerados de risco zero). Essa sobretaxa é o que se chama de risco-país.

O risco-país do país bateu ontem em 1246. O risco-país brasileiro tem acompanhado de perto o argentino há muitos meses, desde que a situação naquele país começou a se deteriorar. Os investidores estrangeiros têm por hábito generalizar a situação dos mercados emergentes. Eles acreditam que sempre há o perigo de contágio quando um vai mal.

Assim, cobram juros mais altos para renovar (ou negociar) os papéis (que representam dívida) de quase todos eles. No caso de Brasil e Argentina, essa generalização é ainda maior, devido à proximidade geográfica e econômica.

Quando os atentados terroristas aos Estados Unidos ocorreram, no dia 11 do mês passado, os investidores haviam desviado um pouco as atenções da Argentina.

Isso até a segunda-feira desta semana, quando o governo do país vizinho anunciou queda na arrecadação de setembro de 14% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Esse fato aumentou as incertezas quanto à capacidade do país de cumprir o plano de déficit zero (das contas públicas), criado pelo ministro Domingo Cavallo (Economia).

As preocupações passaram então para o campo das eleições. Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, não acredita que haja grandes mudanças na política argentina após as eleições.

 

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