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09/10/2001
-
09h18
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
O Brasil deve, na melhor das hipóteses, repetir neste ano o mesmo volume de exportações registrado em 2000 para os EUA. E não está afastada a possibilidade de o país registrar até queda nas vendas, segundo informou ontem a AEB (Associação de Comércio Exterior). Há uma expectativa ainda maior de adiamento de contratos após os recentes ataques ao Afeganistão.
No ano passado, o país vendeu US$ 13 bilhões em produtos aos norte-americanos. Era esperado, no início do ano, um aumento de 10% em 2001. Agora, os números começam a ser revistos pela AEB.
As exportações caem e as importações também seguem igual ritmo de queda. De janeiro a agosto, a compra de produtos subiu 9,29%. Mas, ao incluir o desempenho de setembro nessa conta, o ritmo de expansão no ano cai para 5,65%.
Quem não deve sentir essa retração no consumo no exterior são as empresas de alimentos. Frigoríficos informaram ontem que o envio de carne cozida, que pode ser estocada em casa, subiu entre 5% e 10% em setembro, em relação a agosto. Essa elevação nos pedidos, segundo as empresas, ocorreu semanas após os ataques terroristas nos EUA.
"Sabemos que houve uma corrida aos supermercados para a formação de estoques de alguns alimentos em setembro. Agora, isso pode se repetir com a reação norte-americana, e nos preparamos para atender a demanda", diz Marcio Bicchieri, da área de exportação do Frigorífico Betim, o maior do país.
Novos levantamentos começaram a ser feitos pelos especialistas. Com os ataques iniciados no domingo, a Abiec, entidade que representa os exportadores de carne, prevê que as exportações de carne bovina fiquem 2% acima do previsto. Se a estimativa se confirmar, o envio do produto somará 765 mil toneladas em 2001. Em 2000, foram 553.700 toneladas.
Quem, entretanto, deve registrar queda nas exportações a partir deste mês são os setores de material de transporte, automóveis, autopeças e o setor de celulose, com elevado volume de negócios nos EUA, diz a AEB.
Até setembro, o Brasil registrou aumento de 6,8% nas exportações totais aos EUA, em relação ao ano passado. Foram US$ 10,6 bilhões em produtos embarcados. O resultado só não é melhor porque há dois meses o país registra retração nas vendas aos EUA.
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da Folha de S.Paulo
O Brasil deve, na melhor das hipóteses, repetir neste ano o mesmo volume de exportações registrado em 2000 para os EUA. E não está afastada a possibilidade de o país registrar até queda nas vendas, segundo informou ontem a AEB (Associação de Comércio Exterior). Há uma expectativa ainda maior de adiamento de contratos após os recentes ataques ao Afeganistão.
No ano passado, o país vendeu US$ 13 bilhões em produtos aos norte-americanos. Era esperado, no início do ano, um aumento de 10% em 2001. Agora, os números começam a ser revistos pela AEB.
As exportações caem e as importações também seguem igual ritmo de queda. De janeiro a agosto, a compra de produtos subiu 9,29%. Mas, ao incluir o desempenho de setembro nessa conta, o ritmo de expansão no ano cai para 5,65%.
Quem não deve sentir essa retração no consumo no exterior são as empresas de alimentos. Frigoríficos informaram ontem que o envio de carne cozida, que pode ser estocada em casa, subiu entre 5% e 10% em setembro, em relação a agosto. Essa elevação nos pedidos, segundo as empresas, ocorreu semanas após os ataques terroristas nos EUA.
"Sabemos que houve uma corrida aos supermercados para a formação de estoques de alguns alimentos em setembro. Agora, isso pode se repetir com a reação norte-americana, e nos preparamos para atender a demanda", diz Marcio Bicchieri, da área de exportação do Frigorífico Betim, o maior do país.
Novos levantamentos começaram a ser feitos pelos especialistas. Com os ataques iniciados no domingo, a Abiec, entidade que representa os exportadores de carne, prevê que as exportações de carne bovina fiquem 2% acima do previsto. Se a estimativa se confirmar, o envio do produto somará 765 mil toneladas em 2001. Em 2000, foram 553.700 toneladas.
Quem, entretanto, deve registrar queda nas exportações a partir deste mês são os setores de material de transporte, automóveis, autopeças e o setor de celulose, com elevado volume de negócios nos EUA, diz a AEB.
Até setembro, o Brasil registrou aumento de 6,8% nas exportações totais aos EUA, em relação ao ano passado. Foram US$ 10,6 bilhões em produtos embarcados. O resultado só não é melhor porque há dois meses o país registra retração nas vendas aos EUA.
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