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Superávit do governo cai 31% em agosto, aos R$ 3,5 bilhões
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O superávit do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em agosto foi de R$ 3,550 bilhões, uma queda de 31% em relação ao resultado de julho (R$ 5,145 bilhões).
Segundo o Tesouro Nacional, essa baixa é justificada porque em julho, como início de trimestre, é um mês mais elevado de arrecadação de tributos com recolhimento trimestral, como o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). Por essa razão, a contribuição desses dois impostos na arrecadação foi R$ 1,9 bilhão menor no mês passado.
O superávit do Tesouro foi de R$ 6,209 bilhões, que foi suficiente para cobrir o déficit da Previdência, de R$ 2,586 bilhões, e do Banco Central, de R$ 72,5 milhões.
As receitas totais somaram no mês passado R$ 48,636 bilhões, contra R$ 50,850 bilhões do mês anterior. Já a receita líquida de repasses a Estados e municípios caiu de R$ 43,117 bilhões para R$ 40,149 bilhões.
Do lado das despesas, houve uma queda de R$ 1,374 bilhão. Isso ocorreu porque em julho foi pago a primeira parcela do décimo-terceiro salário dos funcionários públicos.
As despesas de custeio, que incluem os investimentos, subiram R$ 1,1 bilhão, para R$ 13,438 bilhões. Segundo o Tesouro, esse aumento é conseqüência dos investimentos feitos dentro do PPI (Programa Piloto de Investimentos).
Ano
No acumulado do ano até agosto, o resultado do governo central ficou positivo em R$ 51,339 bilhões, o equivalente a 3,11% do PIB (Produto Interno Bruto), um crescimento nominal de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 47,772 bilhões).
No mesmo período do ano passado, o superávit --que é o esforço para o pagamento de juros-- do governo central era equivalente a 3,18%.
O resultado registrado em oito meses é superior ao valor estipulado para a meta do segundo quadrimestre, que é de R$ 43,7 bilhões até agosto.
O Tesouro contribuiu para o resultado acumulado do ano com um superávit de R$ 78,373 bilhões. O déficit do BC foi de R$ 451,3 milhões e o da Previdência, de R$ 26,583 bilhões.
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