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16/10/2001
-
07h30
da Folha de S.Paulo
O mercado financeiro internacional não está imune ao temor de ataques terroristas com armas biológicas. Os casos de antraz nos Estados Unidos ajudaram a reduzir a confiança dos investidores, derrubando Bolsas européias e asiáticas.
A Bolsa de Paris caiu 2,84%, a maior queda entras as principais da Europa. Londres recuou 1,52% e Frankfurt, 1,66%. A Bolsa de Tóquio caiu 1,7%.
Os mercados norte-americanos também abriram no território negativo, mas foram recuperando as perdas ao longo do dia. O índice industrial Dow Jones encerrou o pregão em território positivo, com alta de 0,04% (no começo da sessão perdia cerca de 1%), enquanto a Nasdaq caiu 0,42%.
As ações que mais têm ganhado valor são as de empresas de biotecnologia e de segurança.
Na semana passada, as ações da Bayer subiram 15%. Ela fabrica o Cipro, único medicamento reconhecido pelo governo dos EUA como eficaz no tratamento contra o antraz. Mas a saúde financeira do grupo alemão voltou a preocupar os investidores ontem. Só na sexta-feira as ações da companhia haviam subido 7%, mas ontem caíram 5%.
A Cepheid, uma companhia baseada na Califórnia que produz sistemas para detectar agentes biológicos, voltou a subir ontem. Ganhou 3,6%, depois de ter valorizado 97% ao longo da semana passada.
"Tivemos publicidade aos montes. Mas o que vai acontecer daqui para a frente ainda não dá para dizer", afirmou Cathy Smith, diretor financeiro da Cepheid.
A Nanogen, que fabrica um sistema semelhante, disparou 5% apenas ontem.
A recuperação nos pregões da Bolsa de Nova York e da Nasdaq no final do dia se explica pelos investidores que saíram à caça de pechinchas.
"O mercado está bastante desvalorizado. Por isso, quedas momentâneas por motivos como o medo do antraz representam uma ótima oportunidade para quem estiver disposto a comprar", comentou Edgar Peters, diretor de investimentos da PanAgora Asset Management.
Não foi apenas o medo dos terroristas que atingiu os investidores. Nesta semana, a maior parte das empresas irá divulgar o balanço do terceiro trimestre, e os analistas dizem que os resultados serão os piores para o período nos últimos dez anos.
Ontem, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou que houve pequena redução nos estoques do comércio. Com a queda de 0,1% em agosto, o total de mercadorias encalhadas recuou pelo sétimo mês consecutivo.
Ainda de acordo com o departamento, as vendas cresceram 0,1% em agosto. Mas os dados pouco alteram o humor dos investidores. Eles disseram que os números não refletem os efeitos dos atentados terroristas a Washington e a Nova York nem os ataques contra o Afeganistão.
O preço do petróleo caiu ligeiramente no mercado de futuros de Nova York, deprimido pela perspectiva de queda da demanda pela desaceleração econômica mundial. O barril de petróleo cru para entrega em novembro fechou a US$ 22,29.
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Antraz leva novo foco de tensão ao mercado financeiro
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O mercado financeiro internacional não está imune ao temor de ataques terroristas com armas biológicas. Os casos de antraz nos Estados Unidos ajudaram a reduzir a confiança dos investidores, derrubando Bolsas européias e asiáticas.
A Bolsa de Paris caiu 2,84%, a maior queda entras as principais da Europa. Londres recuou 1,52% e Frankfurt, 1,66%. A Bolsa de Tóquio caiu 1,7%.
Os mercados norte-americanos também abriram no território negativo, mas foram recuperando as perdas ao longo do dia. O índice industrial Dow Jones encerrou o pregão em território positivo, com alta de 0,04% (no começo da sessão perdia cerca de 1%), enquanto a Nasdaq caiu 0,42%.
As ações que mais têm ganhado valor são as de empresas de biotecnologia e de segurança.
Na semana passada, as ações da Bayer subiram 15%. Ela fabrica o Cipro, único medicamento reconhecido pelo governo dos EUA como eficaz no tratamento contra o antraz. Mas a saúde financeira do grupo alemão voltou a preocupar os investidores ontem. Só na sexta-feira as ações da companhia haviam subido 7%, mas ontem caíram 5%.
A Cepheid, uma companhia baseada na Califórnia que produz sistemas para detectar agentes biológicos, voltou a subir ontem. Ganhou 3,6%, depois de ter valorizado 97% ao longo da semana passada.
"Tivemos publicidade aos montes. Mas o que vai acontecer daqui para a frente ainda não dá para dizer", afirmou Cathy Smith, diretor financeiro da Cepheid.
A Nanogen, que fabrica um sistema semelhante, disparou 5% apenas ontem.
A recuperação nos pregões da Bolsa de Nova York e da Nasdaq no final do dia se explica pelos investidores que saíram à caça de pechinchas.
"O mercado está bastante desvalorizado. Por isso, quedas momentâneas por motivos como o medo do antraz representam uma ótima oportunidade para quem estiver disposto a comprar", comentou Edgar Peters, diretor de investimentos da PanAgora Asset Management.
Não foi apenas o medo dos terroristas que atingiu os investidores. Nesta semana, a maior parte das empresas irá divulgar o balanço do terceiro trimestre, e os analistas dizem que os resultados serão os piores para o período nos últimos dez anos.
Ontem, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou que houve pequena redução nos estoques do comércio. Com a queda de 0,1% em agosto, o total de mercadorias encalhadas recuou pelo sétimo mês consecutivo.
Ainda de acordo com o departamento, as vendas cresceram 0,1% em agosto. Mas os dados pouco alteram o humor dos investidores. Eles disseram que os números não refletem os efeitos dos atentados terroristas a Washington e a Nova York nem os ataques contra o Afeganistão.
O preço do petróleo caiu ligeiramente no mercado de futuros de Nova York, deprimido pela perspectiva de queda da demanda pela desaceleração econômica mundial. O barril de petróleo cru para entrega em novembro fechou a US$ 22,29.
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