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18/10/2001 - 12h03

Antraz deve espantar passageiros de companhias aéreas

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Depois de serem duramente afetadas pelos atentados terroristas dos Estados Unidos, as companhias aéreas estão às voltas com mais uma ameaça. Desta vez o perigo vem em forma de pó branco e pode levar os passageiros a desistirem de voar pelo medo da contaminação pela bactéria.

A equipe de limpeza da Varig encontrou ontem uma pequena quantidade de pó branco no vôo 2416 da ponte aérea da Varig, que chegou às 11h20 em Congonhas. O material foi enviado para análise no Instituto Adolfo Lutz, que deve divulgar o resultado ainda hoje.

Esta é a segunda vez que um avião é retido pelo medo da contaminação pelo antraz. Uma aeronave da Lufthansa que veio de Frankfurt ao Rio de Janeiro também foi mantido em terra de domingo até segunda-feira devido a uma quantidade de pó branco encontrada no avião. Testes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio não indicaram a presença do antraz no pó encontrado.

Segundo o coordenador de segurança do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ronaldo Jenkis, o medo do antraz pode causar um duplo problema para o setor. "Além do medo de voar, que derruba a venda de passagens, as companhias terão problemas operacionais para evacuar aviões, realocar passageiros."

Neste momento, segundo Jenkis, todo pó branco encontrado nos aviões será confundido com antraz. "Vai dar um trabalhão se por acaso a mãe for passar talco no bebê e derrubar no avião."

Para o Sindicato Nacional dos Aeroviários, as empresas aéreas e o governo devem tomar medidas para proteger os funcionários dos aeroportos. "O trabalhador dos aeroportos está correndo um risco muito sério de vida", disse a presidente do sindicato, Selma Balbino.

O sindicato distribuiu um comunicado em que orienta os funcionários do setor aéreo a se recusar a trabalhar caso encontrem substâncias suspeitas. "A lei garante ao trabalhador o direito de não trabalhar em caso de risco de vida. Ninguém sabe se esses materiais de segurança são suficientes para garantir a vida dos trabalhadores."

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