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19/10/2001 - 11h10

Falsos alarmes com pó branco começam a dar prejuízo ao setor aéreo

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Falsos alarmes de contaminação pelo antraz já começam a dar prejuízo para as empresas do setor aéreo. Somente a TAM recebeu ontem dois avisos de risco de contaminação pela bactéria. Um dia antes, a Varig também foi afetada pela ameaça de bioterrorismo, mas testes realizados pelo Instituto Adolfo Lutz não encontraram vestígios da substância no pó branco encontrado numa das aeronaves da companhia.

No caso da TAM, o resultado dos testes deve ser divulgado hoje. Mas a companhia acredita que esteja sendo vítima de mais um dos inúmeros trotes envolvendo amostras de pó branco que passaram a ser dados depois que foram detectados os primeiros casos de contaminação por antraz nos Estados Unidos.

Independentemente dos resultados da análise dos materiais recolhidos, as companhias já passaram a ter prejuízo operacional em virtude do risco de contaminação. A TAM, por exemplo, teve de pagar ontem um vale de R$ 50 para cada um dos 109 passageiros do vôo JJ 3540, que saiu do aeroporto de Congonhas (SP) às 7h54 de ontem e chegou às 9h28 em Brasília (DF).

Um funcionário do serviço de bagagem encontrou uma pequena quantidade de pó branco no porão do Airbus 320 e acionou a Polícia Federal, que reteve a aeronave.

Como as malas dos passageiros ficaram retidas para averiguação, já que o pó branco foi encontrado no compartimento de bagagens, a TAM precisou desembolsar os R$ 50 para garantir o pagamento de despesas básicas decorrentes do incidente, como gastos com compras de escova de dente e outros objetos pessoais.

No mesmo dia, a Polícia Federal reteve outra aeronave da TAM por suspeita de contaminação. Desta vez, uma passageira do vôo 9004, que fazia a rota Brasília-Fortaleza, com escala em Recife, encontrou vestígios de pó branco ao pegar sua mala na esteira de desembarque.

Por conta do incidente, a TAM deve de realocar os 32 passageiros que viajariam para Fortaleza num vôo da Transbrasil.

Além dos R$ 5.450 gastos com o pagamento de vales para passageiros, a suspeita de antraz também provoca problemas operacionais para a companhia. Num mesmo dia, a TAM teve de transferir uma aeronave de outra rota e fazer acordo com com a Transbrasil para transportar os passageiros até o destino final.

Já a Varig teve de cancelar na quarta-feira cinco vôos que o Boeing 737-300, usado no vôo 2416 (Rio-São Paulo), faria naquele dia.

O cancelamento foi feito depois que a equipe de limpeza de aeronaves encontrou amostras de pó branco no avião. Para garantir a segurança dos passageiros, a Varig cancelou cinco vôos e transferiu os passageiros para outras frequências da ponte aérea.
 

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