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25/10/2001 - 06h47

Câmara dos EUA aprova pacote de US$ 100 bi para estimular economia

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da Folha de S.Paulo

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou ontem, por uma estreita margem, um pacote de US$ 100 bilhões destinado a estimular a economia do país. O plano, concebido pelos republicanos (partido do presidente George W. Bush), foi rejeitado pelos democratas (de oposição).

Com a vitória apertada de 216 a 214, o projeto segue agora para o Senado, onde várias mudanças devem ser feitas. O próprio Bush já afirmou que o pacote ficou acima do pedido (o governo havia sugerido algo entre US$ 65 bilhões e US$ 75 bilhões).

Os republicanos têm a maioria na Câmara, enquanto o Senado é controlado pelos democratas.

A oposição votou maciçamente contra o projeto, baseado em abatimentos de impostos para pessoas e empresas, alegando que ele é partidário (ao não incluir reivindicações democratas) e oferece poucos benefícios ao americano médio. Quem mais ganha com ele são contribuintes de alta renda.

Cerca de US$ 60 bilhões em ajuda emergencial já haviam sido aprovados nos dias que se seguiram aos atentados, incluindo US$ 40 bilhões para reconstrução da infra-estrutura e US$ 15 bilhões para as companhias aéreas.

"Parte da guerra que estamos travando é a manutenção do crescimento econômico", afirmou Bush ontem.

Democratas, que pediam mais gastos públicos em vez de corte nos impostos, criticaram duramente o plano de emergência. Martin Frost disse que o pacote não passa de uma recompensa aos financiadores da campanha de Bush. Segundo Frost, o plano fará pouco para ajudar as pessoas que perderam o emprego com a crise econômica.

Em junho, Bush conseguiu a aprovação de uma redução de US$ 1,6 trilhão em impostos ao longo de dez anos. O projeto, como se encontra no momento, custará estimados US$ 99,5 bilhões em 2002 e US$ 159 bilhões até 2011.

O secretário do Tesouro dos EUA, Paul O'Neill, apresentou ontem no Congresso uma proposta para garantir a cobertura pelas seguradoras de eventuais atentados que possam ocorrer no futuro. Muitas companhias estão evitando vender apólices que cubram atos terroristas, e as que o fazem cobram preços elevados.

'Os ataques terroristas de 11 de setembro criaram uma incerteza generalizada sobre o risco de futuros atentados'', disse o secretário ontem, durante sessão do Senado. 'A atividade econômica depende do bom funcionamento dos mercados financeiros, que fornecem o combustível dos negócios."

Segundo o secretário do Tesouro (equivalente ao ministro brasileiro da Fazenda), o governo se propõe a arcar com parte dos eventuais danos causados pelo terrorismo nos próximos três anos. Durante o ano que vem, o governo bancaria (com dinheiro do contribuinte) 80% dos primeiros US$ 20 bilhões de prejuízos. Os outros 20% caberiam a seguradoras. A participação do governo seria reduzida gradativamente, até ser extinta depois de 2004.

Estimativas indicam que as seguradoras devem arcar com prejuízos entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões como resultado da destruição causada no coração financeiro nova-iorquino e no Pentágono.

* Com agências internacionais

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