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01/11/2007 - 21h03

Vendas de automóveis de empresas dos EUA caem em outubro

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da Efe, em Washington

Com o setor automotivo afetado pela crise de crédito imobiliário nos Estados Unidos, a GM (General Motors) enfrentou em outubro a crise que deixou Ford e Chrysler com números negativos, enquanto as marcas japonesas aproveitaram a fraqueza de suas concorrentes, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.

Toyota e Nissan fecharam o mês de outubro com lucro, embora pequeno, enquanto as "três grandes de Detroit" tiveram que amargar mais prejuízos.

As vendas da Toyota subiram 0,5%, as da Nissan 8,8% e as da Honda caíram 0,2%.

Por outro lado, a GM vendeu 1,1% a menos, a Ford 9,5% e a Chrysler 9%.

Os números da Chrysler, agora administrada pelo fundo de investimentos privado Cerberus, motivaram uma rápida reação por parte de sua direção.

O terceiro fabricante americano anunciou que deixará de produzir quatro modelos e cortará até 12 mil postos de trabalho em 2008, diante da queda da demanda.

Além disso, o Grupo Chrysler anunciou novos incentivos econômicos para despertar o interesse por seus modelos.

A Chrysler atribuiu os maus resultados à situação do mercado imobiliário nos EUA, afetado pela crise de crédito imobiliário de alto risco ("subprime").

Segundo o vice-presidente de Vendas da Chrysler, Darryl Jackson, "as crescentes preocupações pela diminuição do setor de imóveis estão aparecendo nas expectativas dos consumidores sobre as condições econômicas futuras, já que as vendas de automóveis em outubro continuam abaixo dos níveis normais."

A Ford culpou, em parte, por seus resultados de outubro, a redução de vendas para frotas, que diminuíram em 12 mil unidades durante o mês.

Mas a Ford encontrou alívio na excelente procura por seus novos modelos, Ford Edge e Escape, Lincoln MKX, e Mercury Mariner, dos quais foram vendidas 36.852 unidades, 145% a mais que nesse mesmo período em 2006.

"Nossos novos modelos continuam surpreendendo e encantando os clientes, o que demonstra que a Ford está produzindo mais produtos que as pessoas realmente querem", disse Mark Fields, presidente da Ford no continente americano.

No entanto, a Ford não pôde resistir à pressão da Toyota, pois enquanto a marca japonesa vendeu 197.592 unidades em outubro, a americana se contentou com 195.462, o que coloca a Toyota como segundo fabricante no mercado americano.

A demanda de veículos da Toyota cresceu apenas 0,5%, o que o vice-presidente executivo da companhia nos EUA, Jim Lentz, atribuiu aos recentes incêndios na Califórnia porque "afetaram um mercado chave que já está prejudicado pelas quedas no mercado de imóveis."

Mas o fabricante japonês voltou a ganhar de forma significativa na categoria de caminhonetes (que inclui utilitários esportivos e picapes), um mercado com uma maior margem de lucro e que tradicionalmente esteve dominado pela General Motors e pela Ford.

A GM, primeiro fabricante mundial de veículos, não teve um mês ruim, apesar de sua demanda ter caído 1,1%, quando foram contabilizadas as vendas pelos dias de negócio em outubro de 2007.

Em números globais, a GM vendeu 8.700 veículos a mais em outubro deste ano do que no mesmo mês de 2006, mas, percentualmente, o número se transforma em uma queda de 1,1%, já que no mês passado houve 26 dias de venda, enquanto o de 2006 teve uma jornada menor.

A GM destacou que, desde agosto, "a fração de mercado da empresa aumentou mais de um ponto, até chegar aos 25,1%, comparados com o mesmo período trimestral do ano passado."

"Nosso forte rendimento em fração de mercado e nossa capacidade para superar as tendências de volume do setor demonstram que o consumidor está aceitando nossos novos produtos", afirmou Mark LaNeve, vice-presidente de Vendas da GM para a América do Norte.

Apesar disso, a demanda de veículos da GM caiu 4,5%, o que marca uma das grandes debilidades do fabricante americano.

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