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31/10/2001 - 18h09

Economia global crescerá 1,3% neste ano e 1,6% em 2002, diz Bird

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da France Presse, em Washington

"A economia desliza perigosamente para a recessão", sentencia o Banco Mundial (Bird) em seu relatório sobre as perspectivas econômicas mundiais para 2002.

Na publicação divulgada hoje, o Banco Mundial prevê agora crescimento econômico global de 1,3% neste ano, contra estimativa anterior de acréscimo de 3,8%. Para 2002, a previsão é de crescimento de 1,6%, e de 3,9% para o ano seguinte.

O informe destaca que nos países desenvolvidos o crescimento econômico neste ano deverá alcançar apenas 0,9%. No próximo ano será de 1,1%, antes de subir para 3,5% em 2003, contra 3,4% em 2000.

Já o crescimento dos países em desenvolvimento alcançaria 2,9% neste ano, e depois subiria para 3,7% no próximo ano e para 5,2% em 2003. Em 2000, as economias em desenvolvimento cresceram 5,5%.

Mas "estas previsões estão sujeitas a um nível de risco particularmente elevado", advertiu o Banco Mundial.

"Os atentados terroristas [de 11 de setembro nos Estados Unidos] travaram seriamente os motores da economia mundial, que já dava sinais de asfixia", destacou o principal autor do relatório, Richard Newfarmer.

"O que torna esta situação particularmente arriscada, é que pela primeira vez desde 1982 Estados Unidos, Europa e Japão registram um desaquecimento ao mesmo tempo", acrescentou.

A desaceleração da atividade econômica no mundo será particularmente sensível para os países em desenvolvimento, devido ao desaquecimento nos intercâmbios comerciais, à queda do turismo e da quase interrupção do crédito. No entanto,o Bird cita diferenças segundo as regiões.

Os países da América Latina e do leste da Ásia, grandes exportadores de bens manufaturados, foram os primeiros afetados pela redução da demanda de importações dos Estados Unidos e Japão, sofrendo depois com a debilidade das economias européias e com a redução do preço das matérias-primas.

O sul da Ásia "que está menos integrado à economia mundial e pode apoiar-se num setor de serviços dinâmico", esteve menos afetado por estes fatores negativos, enquanto que o Oriente Médio e o norte da África se beneficiam de boas perspectivas a curto prazo graças à receita do petróleo.

"Em resumo, o duplo choque provocado pela desaceleração simultânea das atividades nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, e pelos atentados terroristas, faz com que todas as regiões assistam a uma diminuição de sua taxa de crescimento", segundo o Banco Mundial.

"Os problemas a curto prazo são sérios e exigem uma resposta imediata. De todas as formas, as perspectivas a longo prazo para os países em desenvolvimento se mantêm favoráveis", afirma o economista-chefe do Bird, Nicholas Stern.

Os países em desenvolvimento se beneficiam com efeito de uma melhor gestão macroeconômica do que antes, que os torna menos receptivos aos fluxos do capital volátil, com o aumento da poupança interna, maior transparência e diversificação.

Para o período 2005-2015, a taxa média de crescimento por habitante nos países em desenvolvimento deveria ser de 3,6%, contra 2,5% para os países ricos.
 

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