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12/11/2007 - 09h44

BM&F estréia em momento de euforia

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FABRICIO VIEIRA
TONI SCIARRETTA
da Folha de S.Paulo

A euforia que marcou a estréia das ações da Bovespa em pregão pode tentar um número ainda maior de pessoas --muitas desacostumadas com a montanha russa do mercado acionário-- a comprar os papéis que serão ofertados pela BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). No próximo dia 30, será a vez de a BM&F lançar suas ações em pregão.

A valorização de 52,13% registrada pelas ações ordinárias da Bovespa na estréia pode ser interpretada como sinal de que os papéis da BM&F darão uma nova oportunidade de se conquistar um ganho considerável em pouco tempo. Mas analistas lembram que não há a garantia de que uma ação irá subir. O fato de o papel da Bovespa ter disparado não significa que o da BM&F tomará o mesmo rumo.

O investidor pessoa física poderá reservar entre R$ 5.000 e R$ 300 mil em ações da BM&F. O período de reserva começará na próxima segunda-feira, dia 19, e prossegue até o dia 27.

O IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) da Bovespa Holding --empresa criada no processo de abertura de capital e que controla a Bolsa paulista-- atraiu milhares de pessoas, com quase 64 mil investidores de varejo levando papéis.

Recomendações

"O investidor deve, antes de mais nada, procurar conhecer a operação. Não é preciso ser especialista para ter informação para comprar uma ação. A primeira coisa é conhecer o prospecto da operação, que costuma ser um documento rico e muito detalhado. Algumas seções [do prospecto] são importantes, como a que mostra os riscos que envolvem a operação e os detalhes da distribuição no varejo", afirma Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais-São Paulo).

Se a euforia também for grande no IPO da BM&F, a fatia da oferta destinada ao varejo pode sofrer rateio. No caso da Bovespa Holding, onde estima-se que a demanda superou em muito a oferta --para os R$ 6,62 bilhões obtidos com as ações teria havido procura de R$ 60 bilhões--, cada investidor levou no máximo R$ 12.098.

"As pessoas devem fazer sua reserva de acordo com a capacidade financeira. Se acha que vale a pena e não consegue levar todos os papéis, pode comprar depois. As pessoas acabam pedindo valores altos para ficar com mais [ações], o que distorce a demanda", diz Theo Rodrigues, diretor-geral do Instituto Nacional de Investidores, entidade que patrocina educação para pequenos investidores.

Quem desejar fazer reserva para as ações que serão lançadas pode procurar o banco em que é correntista ou uma das corretoras de valores credenciadas no site da Bovespa (www.bovespa.com.br).

Separando os investidores

A BM&F aproveitará o "filtro" testado no IPO da Bovespa para separar os investidores de perfil especulativo, conhecidos no jargão financeiro como "flipers". Esses investidores foram catalogados como "não prioritários" e, no rateio realizado no IPO da Bovespa, acabaram ficando sem nenhuma das ações que requisitaram.

Na hora de cadastrar sua reserva o investidor deve atentar para a parte onde deve se registrar como sendo "com prioridade" (os que não costumam se desfazer das ações logo na estréia) e os "sem prioridade" (aqueles que vendem as ações logo no primeiro pregão para embolsar os lucros).

O que se pretende evitar é que os "flipers" tenham muitas ações para vender logo na estréia no pregão da Bolsa. Se muita gente se desfaz rapidamente das ações que comprou no IPO, apenas para obter lucro facilmente, os papéis podem se desvalorizar e dar a impressão de que a abertura de capital da empresa não foi bem-sucedida ou foi planejada de maneira incorreta.

Os coordenadores da oferta da BM&F estipularam uma faixa de preço para as ações que serão lançadas, que vai de R$ 14,50 a R$ 16,50. Mas se a procura for muito elevada, essa faixa pode ser alterada, com os papéis ficando mais caros, como ocorreu no IPO da Bovespa, em que as ações, que poderiam sair pelo preço mínimo de R$ 15,50, acabaram sendo vendidas por R$ 23 cada uma.

Na fixação de preço estipulada, as corretoras (antigas donas da BM&F) poderão chegar a embolsar R$ 4,9 bilhões.

Diferentemente da Bovespa, a BM&F já acertou a venda de 20% de seu capital antes da estréia das ações. Por R$ 1 bilhão, a BM&F primeiro negociou 10% das ações com o fundo americano General Atlantic. Outros 10%, avaliados em R$ 1,3 bilhão, entraram em um acordo com a CME (Chicago Mercantile Exchange).

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