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04/11/2001
-
08h25
CLÓVIS ROSSI
enviado especial da Folha de S.Paulo a Genebra (Suíça)
A segurança transformou-se em tema de primeira grandeza em toda reunião internacional de certa importância desde que o movimento antiglobalização sitiou a 3ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em Seattle.
Mas, para a 4ª Conferência, em Doha, a partir de quinta-feira, a segurança de que se está falando -e muito- tem pouco ou nada a ver com os protestos.
É verdade que as ONGs que os organizam estarão também no Qatar. Mas só 647 obtiveram credenciamento e, sem credenciamento, não há visto de entrada no emirato. Como cada ONG teve limitado também o número de integrantes que pode levar ao Qatar, não haverá massa crítica para maiores protestos.
A inquietação com a segurança decorre do fato de o Qatar ficar encravado na Arábia Saudita, separado do Irã só pelo mar e a 1.600 quilômetros do Afeganistão.
Logo, uma área de risco potencial, o que fez com que, a cinco dias do início da conferência, ainda haja insinuações sobre o adiamento ou a mudança de local.
O comissário europeu para o comércio, Pascal Lamy, por exemplo, acaba de dizer que o importante é não perder todo o trabalho prévio de preparação da conferência, mais do que realizá-la na data e no local previstos.
O outro gigante do comércio mundial, os EUA, já anunciou que vai reduzir à metade sua delegação (para 235 pessoas), pelas preocupações com segurança.
O que estimulou suspeitas em Genebra, uma cidade em que as negociações comerciais de alguma maneira substituíram a guerra fria como eixo de conflitos entre países. Há quem ache que os EUA se preparam para usar o pretexto da segurança para encerrar antes da hora sua participação na conferência, caso não consigam ver vitoriosas suas teses, em especial na questão das patentes.
Já jornalistas credenciados na OMC suspeitam que as próprias autoridades qatarianas trabalharam com a perspectiva de mudança de local, tanto que muitos delegados (e os jornalistas) ainda não receberam seus vistos de entrada. Nem sabiam a que hotel haviam sido destinados (a escolha ficou com os organizadores).
Segurança é a maior preocupação sobre reunião da OMC na Qatar
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enviado especial da Folha de S.Paulo a Genebra (Suíça)
A segurança transformou-se em tema de primeira grandeza em toda reunião internacional de certa importância desde que o movimento antiglobalização sitiou a 3ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em Seattle.
Mas, para a 4ª Conferência, em Doha, a partir de quinta-feira, a segurança de que se está falando -e muito- tem pouco ou nada a ver com os protestos.
É verdade que as ONGs que os organizam estarão também no Qatar. Mas só 647 obtiveram credenciamento e, sem credenciamento, não há visto de entrada no emirato. Como cada ONG teve limitado também o número de integrantes que pode levar ao Qatar, não haverá massa crítica para maiores protestos.
A inquietação com a segurança decorre do fato de o Qatar ficar encravado na Arábia Saudita, separado do Irã só pelo mar e a 1.600 quilômetros do Afeganistão.
Logo, uma área de risco potencial, o que fez com que, a cinco dias do início da conferência, ainda haja insinuações sobre o adiamento ou a mudança de local.
O comissário europeu para o comércio, Pascal Lamy, por exemplo, acaba de dizer que o importante é não perder todo o trabalho prévio de preparação da conferência, mais do que realizá-la na data e no local previstos.
O outro gigante do comércio mundial, os EUA, já anunciou que vai reduzir à metade sua delegação (para 235 pessoas), pelas preocupações com segurança.
O que estimulou suspeitas em Genebra, uma cidade em que as negociações comerciais de alguma maneira substituíram a guerra fria como eixo de conflitos entre países. Há quem ache que os EUA se preparam para usar o pretexto da segurança para encerrar antes da hora sua participação na conferência, caso não consigam ver vitoriosas suas teses, em especial na questão das patentes.
Já jornalistas credenciados na OMC suspeitam que as próprias autoridades qatarianas trabalharam com a perspectiva de mudança de local, tanto que muitos delegados (e os jornalistas) ainda não receberam seus vistos de entrada. Nem sabiam a que hotel haviam sido destinados (a escolha ficou com os organizadores).
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