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05/11/2001
-
10h34
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Os funcionários da Volkswagen de São Bernardo do Campo, na região do ABC, e de Taubaté, no interior de São Paulo, decidem amanhã se aceitam a nova proposta de flexibilização da jornada de trabalho apresentada pela Volkswagen.
Na sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou uma assembléia na porta da fábrica de São Bernardo do Campo para apresentar sua posição de rejeitar a proposta da montadora.
A assembléia decisiva ocorrerá amanhã, quando os 5.000 funcionários que entraram em férias coletivas no dia 15 de outubro já tiverem retornado ao trabalho. ''A proposta é inaceitável. Mas quem decide se aceita a proposta ou não são os trabalhadores'', disse o presidente do sindicato, Luiz Marinho.
Na quinta-feira, a Volkswagen deu um ultimato aos sindicatos dos metalúrgicos de São Bernardo e Taubaté. A montadora apresentou uma nova e última proposta de flexibilização da jornada de trabalho.
A nova proposta da Volkswagen prevê redução de 15% na jornada de trabalho com equivalente corte de salários. A redução de salários seria compensada no pagamento da participação nos lucros e no reajuste do acordo coletivo. A proposta anterior previa redução de 20%, com desconto na PLR, reajuste e 13º salário.
A montadora ameaça começar a demitir funcionários nos próximos dias caso a proposta de flexibilização não seja aceita.
Estimativa feita pela montadora revela que existem 4.000 funcionários excedentes nas duas plantas industriais. Desse total, 3.000 estão na fábrica de São Bernardo e 1.000 em Taubaté. Para reduzir o índice de flexibilização da jornada de 20% para 15%, a empresa diz que precisará cortar 1.000 funcionários, sendo 800 em São Bernardo e 200 em Taubaté.
''É inaceitável que a empresa venha fazer terrorismo com demissões e queira garantir seus lucros transferindo aos trabalhadores as dificuldades provocadas pela crise. É como se os trabalhadores tivessem de pagar pelos riscos do investimento'', disse Marinho.
O sindicalista disse que a proposta de garantia de emprego também não é negociável. Os trabalhadores querem que a empresa traga novos produtos para São Bernardo. ''Mas condiciona a decisão a retrocessos inaceitáveis nas relações de trabalho'', afirmou Marinho.
Entre as condições, segundo ele, está a liberdade para manter uma rotatividade anual de 1.000 trabalhadores, com objetivo de produzir rebaixamento de salários nas suas unidades.
Metalúrgicos decidem amanhã se aceitam proposta da Volks
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da Folha Online
Os funcionários da Volkswagen de São Bernardo do Campo, na região do ABC, e de Taubaté, no interior de São Paulo, decidem amanhã se aceitam a nova proposta de flexibilização da jornada de trabalho apresentada pela Volkswagen.
Na sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou uma assembléia na porta da fábrica de São Bernardo do Campo para apresentar sua posição de rejeitar a proposta da montadora.
A assembléia decisiva ocorrerá amanhã, quando os 5.000 funcionários que entraram em férias coletivas no dia 15 de outubro já tiverem retornado ao trabalho. ''A proposta é inaceitável. Mas quem decide se aceita a proposta ou não são os trabalhadores'', disse o presidente do sindicato, Luiz Marinho.
Na quinta-feira, a Volkswagen deu um ultimato aos sindicatos dos metalúrgicos de São Bernardo e Taubaté. A montadora apresentou uma nova e última proposta de flexibilização da jornada de trabalho.
A nova proposta da Volkswagen prevê redução de 15% na jornada de trabalho com equivalente corte de salários. A redução de salários seria compensada no pagamento da participação nos lucros e no reajuste do acordo coletivo. A proposta anterior previa redução de 20%, com desconto na PLR, reajuste e 13º salário.
A montadora ameaça começar a demitir funcionários nos próximos dias caso a proposta de flexibilização não seja aceita.
Estimativa feita pela montadora revela que existem 4.000 funcionários excedentes nas duas plantas industriais. Desse total, 3.000 estão na fábrica de São Bernardo e 1.000 em Taubaté. Para reduzir o índice de flexibilização da jornada de 20% para 15%, a empresa diz que precisará cortar 1.000 funcionários, sendo 800 em São Bernardo e 200 em Taubaté.
''É inaceitável que a empresa venha fazer terrorismo com demissões e queira garantir seus lucros transferindo aos trabalhadores as dificuldades provocadas pela crise. É como se os trabalhadores tivessem de pagar pelos riscos do investimento'', disse Marinho.
O sindicalista disse que a proposta de garantia de emprego também não é negociável. Os trabalhadores querem que a empresa traga novos produtos para São Bernardo. ''Mas condiciona a decisão a retrocessos inaceitáveis nas relações de trabalho'', afirmou Marinho.
Entre as condições, segundo ele, está a liberdade para manter uma rotatividade anual de 1.000 trabalhadores, com objetivo de produzir rebaixamento de salários nas suas unidades.
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