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05/11/2001
-
09h57
MICHEL BLANCO
da Folha Online
Estimativas divulgadas hoje apontam que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve trazer os juros para o menor nível desde setembro de 1961.
Após os indicadores divulgados na semana passada, a maior parte dos economistas aposta que os juros serão reduzidos em 0,5 ponto percentual, para 2%.
Desde o início do ano, o Fed cortou os juros de 6,5% para 2,5%. Dos nove cortes realizados até hoje, dois deles foram feitos após os atentados terroristas na tentativa de evitar que a economia se precipite na recessão, empurrada pela queda na confiança do consumidor. O consumo é responsável por dois terços do PIB norte-americano.
Risco de recessão
Os economistas reavaliaram suas expectativas depois que a taxa de desemprego, divulgada na sexta-feira passada, registrou nível pior que o esperado. Em outubro, o desemprego atingiu 5,4%, enquanto foram eliminados 415 mil postos de trabalho, o mais elevado número desde maio de 1980.
A atividade industrial em outubro, medida pelo índice NAPM (Associação Nacional dos Gerentes de Compra), ficou em 39,8 pontos no mês passado, o pior desempenho desde a recessão de 1990-1991. O resultado, divulgado na quinta-feira passada, reflete a maior queda nos gastos dos consumidores em quase 15 anos, de 1,8% em setembro.
O PIB (Produto Interno Bruto), embora mostre um cenário menos dramático, também traz riscos à economia. De julho a setembro, a soma de todas as riquezas produzidas no país ficou em -0,4%, enquanto a expectativa média apontava queda de 1%. Desde a recessão de 1991, a economia só havia retraído no primeiro trimestre de 1993.
Mas o recuo de 0,4% em termos anualizados ainda é um resultado preliminar do Departamento de Comércio, e pode ser ser revisado para cima ou para baixo.
É importante observar que o PIB do terceiro trimestre foi apenas marginalmente afetado pela deterioração da confiança do consumidor ocorrida após o 11 de setembro, o que faz supor que os dados dos últimos três meses do ano deverão mostrar desaceleração adicional, o que formalmente caracterizaria uma recessão.
Veja os reflexos da guerra na economia
EUA podem ter os menores juros desde setembro de 1961
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da Folha Online
Estimativas divulgadas hoje apontam que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve trazer os juros para o menor nível desde setembro de 1961.
Após os indicadores divulgados na semana passada, a maior parte dos economistas aposta que os juros serão reduzidos em 0,5 ponto percentual, para 2%.
Desde o início do ano, o Fed cortou os juros de 6,5% para 2,5%. Dos nove cortes realizados até hoje, dois deles foram feitos após os atentados terroristas na tentativa de evitar que a economia se precipite na recessão, empurrada pela queda na confiança do consumidor. O consumo é responsável por dois terços do PIB norte-americano.
Risco de recessão
Os economistas reavaliaram suas expectativas depois que a taxa de desemprego, divulgada na sexta-feira passada, registrou nível pior que o esperado. Em outubro, o desemprego atingiu 5,4%, enquanto foram eliminados 415 mil postos de trabalho, o mais elevado número desde maio de 1980.
A atividade industrial em outubro, medida pelo índice NAPM (Associação Nacional dos Gerentes de Compra), ficou em 39,8 pontos no mês passado, o pior desempenho desde a recessão de 1990-1991. O resultado, divulgado na quinta-feira passada, reflete a maior queda nos gastos dos consumidores em quase 15 anos, de 1,8% em setembro.
O PIB (Produto Interno Bruto), embora mostre um cenário menos dramático, também traz riscos à economia. De julho a setembro, a soma de todas as riquezas produzidas no país ficou em -0,4%, enquanto a expectativa média apontava queda de 1%. Desde a recessão de 1991, a economia só havia retraído no primeiro trimestre de 1993.
Mas o recuo de 0,4% em termos anualizados ainda é um resultado preliminar do Departamento de Comércio, e pode ser ser revisado para cima ou para baixo.
É importante observar que o PIB do terceiro trimestre foi apenas marginalmente afetado pela deterioração da confiança do consumidor ocorrida após o 11 de setembro, o que faz supor que os dados dos últimos três meses do ano deverão mostrar desaceleração adicional, o que formalmente caracterizaria uma recessão.
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