Barclays admite perdas de US$ 2,7 bilhões com crise de hipotecas dos EUA

O banco britânico Barclays, um dos maiores da Europa, anunciou nesta quinta-feira perdas equivalentes a US$ 2,7 bilhões, por conta da crise dos créditos "subprime" (de alto risco) dos EUA. As perdas, registradas entre julho e outubro, afetaram a divisão de investimentos, o Barclays Capital. O número, no entanto, foi inferior ao estimado por analistas do mercado financeiro.

O presidente do Barclays Capital, Bob Diamond, admitiu que mercado vai precisar de muito mais tempo para superar os problemas com os créditos "subprime". A instituição financeira evitou comentar se revelaria novas perdas com esses créditos em outras divisões do banco.

"A escala de perdas certamente não está em linha com o pior cenário que alguns estavam prevendo. Em vez disso, o Barclays Capital como um todo melhorou seu desempenho na comparação com 2006", afirmou Richard Hunter, analista da Hargreaves Lansdown Stockbrokers.

"Nós não podemos categoricamente dizer que este é o fim dos 'writedowns' [revisão para baixo do valor de ativos], mas isto nos dá mais confiança", afirmou Alex Potter, analista da Collins Stewart.

Outros analistas receberam os números do banco britânico de forma ainda mais cética. "Nós permanecemos incrédulos sobre a perspectiva de crescimento da receita do Barclays", comentou o analista Robert Sage, do Bear Stearns.

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