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09/11/2001 - 12h12

Dólar foi o principal vilão da inflação oficial de outubro

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ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, em Brasília

O dólar, que até o final de outubro acumulava alta de 38,2%, foi o principal vilão da inflação do mês, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No mês, o IPCA chegou a 0,83% e acumula alta de 6,22% no ano, ultrapassando o teto da meta para a taxa, de 6%.

Do total da variação de 0,83%, 0,55 ponto percentual corresponde a aumentos relacionados diretamente à alta cambial.

''A taxa de outubro foi impactada principalmente pelo dólar. A maior contribuição veio da gasolina. Também tiveram influências as altas dos alimentos como feijão, arroz e carne e da tarifa aérea'', afirmou a gerente do Sistema de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Os alimentos que mais puxaram a inflação -arroz, feijão preto, carne, carne seca, margarina, biscoito, e cerveja- contribuíram com 0,29 ponto percentual da taxa do mês.

Somando-se com os aumentos da gasolina (cuja contribuição foi de 0,16 ponto percentual), tarifa aérea e gás de cozinha, chega-se a 0,55 ponto percentual.

No caso dos combustíveis, o dólar tem relação direta na conta feita para o reajuste, em vigor a partir do início de outubro. O reajuste chegou nas tarifas aéreas por conta do querosene utilizado pelos aviões.

Nos alimentos, o arroz e o feijão, por problemas de safra, aumentaram suas importações, cotadas na moeda norte-americana. No caso das carnes, o preço da arroba também é fixado em preços internacionais. Margarina, biscoito e cerveja estão ligados à soja, trigo e malte, todos cotados em dólar.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, o dólar teve um maior impacto este mês porque se fez sentir em produtos com pesos importantes nos orçamentos das famílias.

No ano, o grupo alimentos e bebidas subiu 7,60% -além da variação acumulada no ano do IPCA, de 6,22%.

Os maiores impactos nos alimentos, neste ano, até outubro, foram: arroz (37,16%), feijão preto (170,04%), feijão carioca (33,70%), macarrão (21,76%), carne (8,15%), óleo de soja (47,90%), farinha de trigo (29,59%), macarrão (21,76%) e pão francês (20,43%).

No ano, também tiveram altas significativas o chope (10,54%), a cerveja (9,06%) e os cigarros (6,66%).

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