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12/11/2001 - 18h25

Mercado "aborta" ensaio de otimismo com novo pânico em NY

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da Folha Online

O otimismo do mercado financeiro, iniciado na semana passada, virou fumaça esta manhã com a queda do Airbus A-300 da American Airlines no Queens, bairro residencial de Nova York, com 255 pessoas a bordo.

Dois meses após os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, o acidente - que oficialmente não tem relação com o terrorismo - detona uma nova onda de pânico nos EUA, depois da disseminação das cartas com antraz em outubro.

Com a nova nuvem de incertezas sobre os desdobramentos dos fatos, os economistas adotam posições defensivas e preferem "abortar" o movimento de recuperação técnicas dos ativos. Isso explica a reversão de tendências na Bovespa, que segue os passos dos mercados globais, e da trajetória do dólar e dos juros.

O dólar comercial chegou a bater a máxima de R$ 2,575, subindo 1,45%. Após o almoço, o mercado se acalmou, visto que não há fortes indícios de que a queda do avião seja um ato terrorista.

A moeda norte-americana fechou em alta de 0,51%, vendida a R$ 2,551. É a segunda valorização consecutiva, mas no mês acumula queda de 5,4%.

O Ibovespa, que abriu em baixa, também chegou a acelerar as perdas, mas reduziu a queda à tarde e fechou com perdas de 1,28%, aos 12.567 pontos, com o segundo menor volume de negócios do mês (R$ 538,602 milhões), refletindo a cautela do investidor após a notícia da tragédia em NY.

Aposta em juro menor enfraquece

Com a queda do avião da American Airlines em NY, os juros futuros voltaram a subir hoje na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), enfraquecendo a aposta de corte na taxa Selic na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para começar dia 20.

Há pouco, o contrato de dezembro apontava uma taxa de 19,22%, contra 19,16% ao ano da última sexta-feira.

O DI (Depósito Interfinanceiro) de abril, o mais negociado, subiu de 20,12% para 20,36% ao ano.

O contrato de janeiro pulou de 19,35% para 19,50%. O DI de fevereiro passou de 19,59% para 19,83%.

Até a última sexta-feira, com a tendência de recuo do dólar, as opiniões do mercado se dividiam entre o corte dos juros e a manutenção das taxas mas próximas duas reuniões do Copom, em novembro e dezembro.

Atualmente os juros estão em 19% ao ano.


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