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13/11/2001
-
07h42
da Folha de S.Paulo
Ao receber a notícia da queda do Airbus em Nova York, os investidores iniciaram movimento de venda de ações.
A reação lançou as Bolsas no vermelho, mas, à tarde, a tendência foi invertida, principalmente porque não havia evidências imediatas de que se tratava de um novo atentado terrorista.
Imediatamente depois do acidente, as cotações dos títulos do governo norte-americano e do ouro (considerados investimentos seguros) dispararam, enquanto as ações mais negociadas perdiam valor.
Mas, ao longo do dia, o pânico abandonou o mercado. A Nasdaq, que chegou a cair 3%, encerrou o dia no azul, com valorização de 0,64%. Já o Dow Jones teve uma modesta queda de 0,56%.
"A grande questão para todo mundo é se isso é terrorismo ou não", comentou ontem Jim O'Sullivan, economista-sênior do UBS Warburg.
Como as Bolsas européias fecham antes do que as norte-americanas, por causa da diferença no fuso horário, não houve tempo para recuperação e as quedas foram mais acentuadas.
Logo depois da queda do Airbus, Londres recuou 3%. No final do dia, encerrou os negócios com desvalorização de 1,87%. Frankfurt caiu 1,83%, e Paris sofreu a maior desvalorização: 3.05%.
"Lógico que muita gente acredita que não foi um ataque terrorista, então esses investidores aproveitaram para comprar ações que estavam num patamar muito baixo", afirmou Charles Payne, analista da Wall Street Strategies.
No mercado brasileiro, a reação não foi diferente. Segundo analistas, houve um princípio de pânico, que contrastou com a calmaria dos últimos dias. Pouco antes da notícia da queda do avião, o dólar estava praticamente estável em relação a sexta-feira. A Bovespa ensaiava uma valorização.
Instantes depois, o dólar disparou para a sua máxima de alta do dia. A moeda chegou a ser negociada a R$ 2,575, uma valorização de 1,46%. A Bolsa de Valores de São Paulo, que vinha de forte valorização nos últimos dias, perdeu fôlego.
O Ibovespa, índice que reflete o comportamento das 57 ações mais negociadas na Bolsa, chegou a cair 3,89%. Após as declarações das autoridades norte-americanas e da discreta recuperação das Bolsas dos EUA, as perdas foram reduzidas.
O dólar encerrou o dia a R$ 2,551, em alta de 0,51%. "Após uma alta bastante forte das cotações, o mercado digeriu a notícia, e o fechamento de ontem pode até ser considerado um ajuste, após as recentes desvalorizações da moeda", avalia Helio Osaki, analista de mercado da corretora Finambras. No mês, o dólar acumula desvalorização de 5,45%.
A Bovespa caiu 1,28%, com giro financeiro de R$ 536,9 milhões, o segundo menor neste mês.
Leia mais no especial Risco no Ar
Depois do susto, mercados recuperam perdas
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Ao receber a notícia da queda do Airbus em Nova York, os investidores iniciaram movimento de venda de ações.
A reação lançou as Bolsas no vermelho, mas, à tarde, a tendência foi invertida, principalmente porque não havia evidências imediatas de que se tratava de um novo atentado terrorista.
Imediatamente depois do acidente, as cotações dos títulos do governo norte-americano e do ouro (considerados investimentos seguros) dispararam, enquanto as ações mais negociadas perdiam valor.
Mas, ao longo do dia, o pânico abandonou o mercado. A Nasdaq, que chegou a cair 3%, encerrou o dia no azul, com valorização de 0,64%. Já o Dow Jones teve uma modesta queda de 0,56%.
"A grande questão para todo mundo é se isso é terrorismo ou não", comentou ontem Jim O'Sullivan, economista-sênior do UBS Warburg.
Como as Bolsas européias fecham antes do que as norte-americanas, por causa da diferença no fuso horário, não houve tempo para recuperação e as quedas foram mais acentuadas.
Logo depois da queda do Airbus, Londres recuou 3%. No final do dia, encerrou os negócios com desvalorização de 1,87%. Frankfurt caiu 1,83%, e Paris sofreu a maior desvalorização: 3.05%.
"Lógico que muita gente acredita que não foi um ataque terrorista, então esses investidores aproveitaram para comprar ações que estavam num patamar muito baixo", afirmou Charles Payne, analista da Wall Street Strategies.
No mercado brasileiro, a reação não foi diferente. Segundo analistas, houve um princípio de pânico, que contrastou com a calmaria dos últimos dias. Pouco antes da notícia da queda do avião, o dólar estava praticamente estável em relação a sexta-feira. A Bovespa ensaiava uma valorização.
Instantes depois, o dólar disparou para a sua máxima de alta do dia. A moeda chegou a ser negociada a R$ 2,575, uma valorização de 1,46%. A Bolsa de Valores de São Paulo, que vinha de forte valorização nos últimos dias, perdeu fôlego.
O Ibovespa, índice que reflete o comportamento das 57 ações mais negociadas na Bolsa, chegou a cair 3,89%. Após as declarações das autoridades norte-americanas e da discreta recuperação das Bolsas dos EUA, as perdas foram reduzidas.
O dólar encerrou o dia a R$ 2,551, em alta de 0,51%. "Após uma alta bastante forte das cotações, o mercado digeriu a notícia, e o fechamento de ontem pode até ser considerado um ajuste, após as recentes desvalorizações da moeda", avalia Helio Osaki, analista de mercado da corretora Finambras. No mês, o dólar acumula desvalorização de 5,45%.
A Bovespa caiu 1,28%, com giro financeiro de R$ 536,9 milhões, o segundo menor neste mês.
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