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13/11/2001
-
19h17
SILVIA MUGNATTO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Pedro Malan (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, viajam para as reuniões que acontecem a partir de sexta-feira em Ottawa (Canadá) com a expectativa de que seja apoiado o discurso a favor de um programa global de ajuda aos países afetados pela crise americana.
A discussão desse programa foi defendida no início de outubro pelo diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Kohler. "No passado, havia o medo de contágio de um país emergente para outro. Agora, a desaceleração da economia americana contamina todo mundo", disse o secretário de Assuntos Internacionais, Marcos Caramuru.
Em seu discurso, Kohler falou na possibilidade de aumentar a disponibilidade de recursos para países que já têm programas com o Fundo e em dar acesso a linhas de prevenção contra crises, como a Linha de Crédito de Contingência. A linha é mais barata e exige menos dos países que estão sendo avaliados. Segundo Caramuru, a estratégia também teria de envolver os bancos multilaterais de desenvolvimento.
Em Ottawa, serão realizadas as reuniões do G-20 (sete países mais desenvolvidos, 11 em desenvolvimento e duas instituições multilaterais) e as reuniões dos principais comitês do FMI e do Banco Mundial.
As duas últimas deveriam ter sido realizadas em setembro, mas foram canceladas após os atentados nos Estados Unidos.
Muitos países queriam adiar indefinidamente as reuniões, mas venceu a posição de que é necessário discutir logo o agravamento da crise pós-atentados. O Brasil se uniu a esse grupo. "É a primeira vez desde os anos 70 que temos uma desaceleração econômica quase mundial", disse Caramuru.
Conforme defendido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em sua viagem aos Estados Unidos, a equipe brasileira no Canadá deverá reivindicar um aumento da participação brasileira no FMI. Isso se daria pelo aumento da cota atual do país, que hoje está em torno de US$ 3,855 bilhões.
A agenda dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais de vários países também vai incluir a questão do 'sufocamento" das fontes de financiamento do terrorismo no mundo.
Nesse campo, o Brasil, segundo Caramuru, vai mostrar a sua experiência no combate à lavagem de dinheiro. Ele lembrou uma sugestão de Fraga para que os países evitem emitir notas de valor muito alto, o que facilita a remessa ilegal de dinheiro como bagagem.
Malan e Fraga vão defender no Canadá ajuda a países afetados pelo EUA
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Pedro Malan (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, viajam para as reuniões que acontecem a partir de sexta-feira em Ottawa (Canadá) com a expectativa de que seja apoiado o discurso a favor de um programa global de ajuda aos países afetados pela crise americana.
A discussão desse programa foi defendida no início de outubro pelo diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Kohler. "No passado, havia o medo de contágio de um país emergente para outro. Agora, a desaceleração da economia americana contamina todo mundo", disse o secretário de Assuntos Internacionais, Marcos Caramuru.
Em seu discurso, Kohler falou na possibilidade de aumentar a disponibilidade de recursos para países que já têm programas com o Fundo e em dar acesso a linhas de prevenção contra crises, como a Linha de Crédito de Contingência. A linha é mais barata e exige menos dos países que estão sendo avaliados. Segundo Caramuru, a estratégia também teria de envolver os bancos multilaterais de desenvolvimento.
Em Ottawa, serão realizadas as reuniões do G-20 (sete países mais desenvolvidos, 11 em desenvolvimento e duas instituições multilaterais) e as reuniões dos principais comitês do FMI e do Banco Mundial.
As duas últimas deveriam ter sido realizadas em setembro, mas foram canceladas após os atentados nos Estados Unidos.
Muitos países queriam adiar indefinidamente as reuniões, mas venceu a posição de que é necessário discutir logo o agravamento da crise pós-atentados. O Brasil se uniu a esse grupo. "É a primeira vez desde os anos 70 que temos uma desaceleração econômica quase mundial", disse Caramuru.
Conforme defendido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em sua viagem aos Estados Unidos, a equipe brasileira no Canadá deverá reivindicar um aumento da participação brasileira no FMI. Isso se daria pelo aumento da cota atual do país, que hoje está em torno de US$ 3,855 bilhões.
A agenda dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais de vários países também vai incluir a questão do 'sufocamento" das fontes de financiamento do terrorismo no mundo.
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