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Anatel cogita fazer novo leilão de freqüências 3G em 2008
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LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília
Com a possibilidade de operadoras não conseguirem comprar freqüências de terceira geração (3G) no leilão feito hoje pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o superintendente de Serviços Privados, Jarbas Valente, disse que a agência poderá fazer novo leilão de freqüências 3G no ano que vem.
A Anatel reservou uma banda de freqüência para ser licitada separadamente, alegando que, assim, poderia incentivar a entrada de novas empresas no país.
A entrada da Nextel neste leilão, porém, ameaça que grandes operadoras como Vivo, TIM ou Claro, que têm cobertura nacional, fiquem sem freqüência em alguma região. Até agora, a Nextel tem alongado as disputas por cada lote e elevado os ágios (diferença entre lance final e mínimo), mas não arrematou nenhuma faixa.
"Se empresas ficarem de fora, (a faixa) poderá ser licitada a qualquer momento, quando elas pedirem", afirmou Valente.
No ano que vem, a Anatel pretende ainda licitar freqüências para empresas que operam serviço de rádio --como a Nextel-- em São Paulo e no Rio de Janeiro. Valente admitiu, porém, que resta pouco espaço nesse tipo de freqüência, o que poderia explicar o interesse da Nextel nas freqüências para celular.
Ágio
Os três lotes licitados até agora apresentaram elevado ágio. O maior chegou a 222,6%, que pagou R$ 528 milhões pelo lote nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Para Valente, o resultado mostra que o modelo proposto para a agência de ter quatro operadoras por região está sendo seguido.
"O resultado até agora é excepcional, já atendeu o modelo que nós propomos", afirmou.
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