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20/11/2001
-
15h31
ELAINE COTTA
da Folha Online
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deverá crescer 1,7% em 2001, de acordo com as estimativas da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgadas hoje em seu "Economic Outlook".
A estimativa bate com as previsões da maioria dos analistas brasileiros que esperam um crescimento de pouco menos de 2%. O próprio governo já admite um incremento de cerca de 2%, apesar de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter afirmado na semana passada que há espaço para crescer 3% este ano.
A organização destaca que a economia brasileira sofreu uma significativa desaceleração a partir do segundo trimestre deste ano e que a redução da produção industrial confirma essa afirmação.
Os grandes responsáveis por essa redução da atividade econômica foram o racionamento de energia, a alta dos juros e o contágio provocado pela crise argentina.
O capítulo do estudo dedicado aos países que não são membros da OCDE, em que está incluído o Brasil, destaca que os atentados terroristas do dia 11 de setembro ampliaram ainda mais essa desaceleração.
"Apesar e ter sido provocado inicialmente por motivos domésticos, a redução de capitais externos reforçou ainda mais o desaquecimento", informa o estudo.
Para o próximo ano, a previsão da OCDE para o crescimento do PIB brasileiro é de 2%. Em 2003, o país irá crescer 3%, de acordo com a instituição.
Inflação
A previsão da OCDE para a inflação neste ano é de 7%. Para o próximo ano, a projeção é de que a inflação brasileira fique em 6% e, em 2003, em 4% ao ano.
Fluxo de capitais
De acordo com a OCDE, a queda no volume de investimentos estrangeiros no Brasil pode afetar a confiança na economia. "Apesar das causas de desaceleração da economia brasileira serem primeiramente de ordem doméstica e regional - no caso do efeito negativo da crise argentina- a redução dos fluxos internacionais de capital poderá rapidamente reforçar a queda da confiança", destaca estudo da instituição.
De acordo com a OCDE, a estrutura da dívida brasileira torna necessária a entrada de fluxos de capital e investimentos estrangeiros no país.
Esses recursos são utilizados para amortizar o serviço da dívida, além de financiar o déficit em conta corrente que, de acordo com as previsões da instituição deve ser de US$ 26 bilhões em 2001 ou 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Dívida pública
A proporção dívida/PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deverá crescer entre 4 e 5 pontos percentuais até o final deste ano ano segundo previsões da OCDE.
De acordo com a instituição, a depreciação do real -que perdeu 30% de seu valor entre janeiro e outubro- aumentou a proporção entre a dívida pública do país e o PIB. O contágio da crise argentina também ajudar a pressionar ainda mais o câmbio.
A OCDE destaca ainda que, apesar do esforço do governo em tentar melhorar a estrutura da dívida, as contas fiscais permanecem muito sensíveis às taxas de juros de curto prazo.
A proximidade das eleições também é apontada como o início de um período de incertezas para o país a partir do próximo ano.
Brasil deve crescer 1,7% este ano, diz OCDE; veja arte
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da Folha Online
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deverá crescer 1,7% em 2001, de acordo com as estimativas da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgadas hoje em seu "Economic Outlook".
A estimativa bate com as previsões da maioria dos analistas brasileiros que esperam um crescimento de pouco menos de 2%. O próprio governo já admite um incremento de cerca de 2%, apesar de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter afirmado na semana passada que há espaço para crescer 3% este ano.
A organização destaca que a economia brasileira sofreu uma significativa desaceleração a partir do segundo trimestre deste ano e que a redução da produção industrial confirma essa afirmação.
Os grandes responsáveis por essa redução da atividade econômica foram o racionamento de energia, a alta dos juros e o contágio provocado pela crise argentina.
O capítulo do estudo dedicado aos países que não são membros da OCDE, em que está incluído o Brasil, destaca que os atentados terroristas do dia 11 de setembro ampliaram ainda mais essa desaceleração.
"Apesar e ter sido provocado inicialmente por motivos domésticos, a redução de capitais externos reforçou ainda mais o desaquecimento", informa o estudo.
Para o próximo ano, a previsão da OCDE para o crescimento do PIB brasileiro é de 2%. Em 2003, o país irá crescer 3%, de acordo com a instituição.
Inflação
A previsão da OCDE para a inflação neste ano é de 7%. Para o próximo ano, a projeção é de que a inflação brasileira fique em 6% e, em 2003, em 4% ao ano.
Fluxo de capitais
De acordo com a OCDE, a queda no volume de investimentos estrangeiros no Brasil pode afetar a confiança na economia. "Apesar das causas de desaceleração da economia brasileira serem primeiramente de ordem doméstica e regional - no caso do efeito negativo da crise argentina- a redução dos fluxos internacionais de capital poderá rapidamente reforçar a queda da confiança", destaca estudo da instituição.
De acordo com a OCDE, a estrutura da dívida brasileira torna necessária a entrada de fluxos de capital e investimentos estrangeiros no país.
Esses recursos são utilizados para amortizar o serviço da dívida, além de financiar o déficit em conta corrente que, de acordo com as previsões da instituição deve ser de US$ 26 bilhões em 2001 ou 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Dívida pública
A proporção dívida/PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deverá crescer entre 4 e 5 pontos percentuais até o final deste ano ano segundo previsões da OCDE.
De acordo com a instituição, a depreciação do real -que perdeu 30% de seu valor entre janeiro e outubro- aumentou a proporção entre a dívida pública do país e o PIB. O contágio da crise argentina também ajudar a pressionar ainda mais o câmbio.
A OCDE destaca ainda que, apesar do esforço do governo em tentar melhorar a estrutura da dívida, as contas fiscais permanecem muito sensíveis às taxas de juros de curto prazo.
A proximidade das eleições também é apontada como o início de um período de incertezas para o país a partir do próximo ano.
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