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30/11/2001
-
11h37
ELAINE COTTA E MICHEL BLANCO
da Folha Online
A economia norte-americana encolheu 1,1% no terceiro trimestre, sugerindo que as dificuldades para o país sair de sua primeira recessão desde 1991 poderão ser ainda maiores do que o anteriormente previsto.
A revisão para baixo do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país) superou as estimativas dos analistas, que variavam de -0,8% a -1%. A primeira leitura do PIB do terceiro trimestre, divulgada no final de outubro, havia apontado queda de 0,4% do PIB entre julho e setembro.
Os ataques do 11 de setembro agravaram a contração da economia ao abalar a confiança dos consumidores e empresários em meio às perdas na produção e crise no setor de turismo.
Recessão
O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado no início da semana recuou para 82,2 pontos em novembro, frustrando a expectativa de que crescesse para 85,6 pontos. O índice, que é o principal termômetro do sentimento dos norte-americanos em relação à economia, está em seus piores níveis históricos.
Pesquisa divulgada na última semana pelo NBER (Serviço Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês) apontou que o mais longo período de expansão da economia norte-americana terminou em março e que perdeu espaço para uma recessão que se estende até hoje.
O NBER tradicionalmente determina as datas oficiais dos ciclos econômicos no país. O aumento do desemprego, que atingiu 5,4% em outubro, a mais elevada taxa dos últimos cinco anos, é apontado pelo instituto como um dos principais sinais de recessão.
No entanto, essa é uma recessão atípica, afirmam muitos analistas. Há setores, como o imobiliário, por exemplo, que continuam aquecidos. Além disso, tecnicamente os períodos de recessão são classificados por dois trimestres consecutivos de PIB negativo. A metodologia do NBER analisa indicadores mensais e menos sujeitos a revisões, além de considerar a profundidade do declínio na atividade econômica.
Otimismo
No entanto, não há apenas más notícias. A OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disse na última semana que apesar da forte desaceleração, a economia dos EUA deve ser capaz de se recuperar até a metade de 2002.
A OCDE prevê que o PIB dos EUA deve crescer cerca de 0,75% em 2002, em relação a 2001, mas perto de 2,75% ao longo do ano.
Leia mais:Veja os reflexos da guerra na economia
Queda de 1,1% no PIB dos EUA confirma recessão
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da Folha Online
A economia norte-americana encolheu 1,1% no terceiro trimestre, sugerindo que as dificuldades para o país sair de sua primeira recessão desde 1991 poderão ser ainda maiores do que o anteriormente previsto.
A revisão para baixo do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país) superou as estimativas dos analistas, que variavam de -0,8% a -1%. A primeira leitura do PIB do terceiro trimestre, divulgada no final de outubro, havia apontado queda de 0,4% do PIB entre julho e setembro.
Os ataques do 11 de setembro agravaram a contração da economia ao abalar a confiança dos consumidores e empresários em meio às perdas na produção e crise no setor de turismo.
Recessão
O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado no início da semana recuou para 82,2 pontos em novembro, frustrando a expectativa de que crescesse para 85,6 pontos. O índice, que é o principal termômetro do sentimento dos norte-americanos em relação à economia, está em seus piores níveis históricos.
Pesquisa divulgada na última semana pelo NBER (Serviço Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês) apontou que o mais longo período de expansão da economia norte-americana terminou em março e que perdeu espaço para uma recessão que se estende até hoje.
O NBER tradicionalmente determina as datas oficiais dos ciclos econômicos no país. O aumento do desemprego, que atingiu 5,4% em outubro, a mais elevada taxa dos últimos cinco anos, é apontado pelo instituto como um dos principais sinais de recessão.
No entanto, essa é uma recessão atípica, afirmam muitos analistas. Há setores, como o imobiliário, por exemplo, que continuam aquecidos. Além disso, tecnicamente os períodos de recessão são classificados por dois trimestres consecutivos de PIB negativo. A metodologia do NBER analisa indicadores mensais e menos sujeitos a revisões, além de considerar a profundidade do declínio na atividade econômica.
Otimismo
No entanto, não há apenas más notícias. A OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disse na última semana que apesar da forte desaceleração, a economia dos EUA deve ser capaz de se recuperar até a metade de 2002.
A OCDE prevê que o PIB dos EUA deve crescer cerca de 0,75% em 2002, em relação a 2001, mas perto de 2,75% ao longo do ano.
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