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01/12/2001 - 00h50

Governo argentino decide congelar parte dos fundos bancários, diz TV

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da France Presse, em Buenos Aires

O governo argentino decidiu congelar parte dos fundos bancários e dolarizar os depósitos, limitando os saques diretos a mil pesos (dólares) por mês, revelou na noite desta sexta-feira o canal de TV a cabo TN.

Além do limite dos saques diretos, os correntistas poderão movimentar seu dinheiro por meio de cartões de crédito e cheques, explicou o TN.

O porta-voz da presidência, Juan Pablo Baylac, não desmentiu ou confirmou a informação divulgada pelo TN. "Por razões de responsabilidade (...) prefiro que a autoridade da área (o ministro da Economia, Domingo Cavallo) explique o caso".

Segundo o TN, a medida será adotada por um decreto de emergência assinado pelo presidente Fernando de la Rúa e os bancos funcionarão normalmente na próxima segunda-feira.

A notícia chega ao final de um dia de boatos e incertezas e após o chefe de gabinete argentino, Chrystian Colombo, informar que o governo adotará uma série de medidas para fortalecer o sistema financeiro neste final de semana.

Os boatos sobre um feriado bancário, uma eventual dolarização e uma desvalorização do peso -todos negados oficialmente- causaram ontem uma grande corrida aos bancos, com os saques superando os 400 milhões de pesos, segundo várias fontes.

O risco-país medido pelo banco JP Morgan chegou ao recorde de 3.332 pontos básicos (33,32%) no fechamento, depois de ter atingido 3.446 pontos na metade da sessão.

Colombo atribuiu os boatos àqueles que apostam "no fracasso da troca dos bônus da dívida", cuja fase local foi concluída ontem à noite, totalizando mais de US$ 40 bilhões, de acordo com avaliação feita pelo ministro de Economia, Domingo Cavallo.

"O dia de hoje (ontem) esteve muito influenciado pela finalização da troca da dívida local e alguns boatos partiram de operadores, que estão vendo que esse processo de troca será bem-sucedido", disse Colombo.

Colombo é o quinto funcionário mais importante do governo do presidente Fernando de la Rúa, que negou os inúmeros boatos divulgados ontem.

Leia mais no especial sobre Argentina
 

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