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02/12/2001
-
10h28
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
O teto de US$ 1.000 para os saques mensais nas contas e aplicações que as pessoas mantêm nos bancos argentinos não significa que haverá um congelamento dos depósitos.
Segundo o decreto 1.570/01, divulgado ontem à noite, haverá um limite semanal de saques de US$ 250 por pessoa, totalizando um teto máximo de US$ 1.000 por mês. Mas, se quiserem gastar mais do que isso, poderão utilizar outros meios, como cartões bancários, de crédito ou cheques.
A medida não deve ter maiores reflexos no dia-a-dia de grande parte da população. O salário médio pago na Argentina é muito inferior a esse valor. Mensalmente, ganha-se aproximadamente 300 pesos (ou dólares) no país. O salário mínimo argentino está em 200 pesos.
Já os funcionários do Poder Executivo devem ter de começar a rever seus hábitos, principalmente aqueles que não têm costume de utilizar cartões ou cheques. O salário médio de mais de 70% deles supera os US$ 1.200, isso excluído os cargos de confiança, como de ministros.
Será um problema para quem recebe acima de US$ 1.000 e acabou de ter seu salário depositado no banco, se não tiver à mão cartões ou talões de cheques.
Em entrevista a uma rádio, o gerente-geral do banco Credicoop, Carlos Heller, afirmou que as medidas do governo levam a um processo forçado de utilização do sistema bancário, algo que em outros países é uma questão cultural e de longo prazo, com as pessoas se acostumando gradualmente com o pagamento eletrônico.
Para criar um incentivo nesse sentido, uma medida entrou em vigor ontem. Nas compras com cartões, a pessoa ganha 5% de desconto no IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que incide na despesa. O valor correspondente ao desconto será depositado na sua conta no mês seguinte.
Heller afirmou que o problema de liquidez do sistema financeiro, agravado pela retirada forte de depósitos, se deve ao fato de os bancos do exterior terem cortado as linhas de financiamento para a Argentina nos últimos meses, que em muitos casos não foram renovadas após o vencimento.
Ontem, segundo emissoras de TV argentinas, houve grande procura por caixas eletrônicos, incluindo a formação de filas. Mas o dinheiro teria sido insuficiente: à tarde, quem buscava sacar dólares ou pesos não encontrava mais cédulas a disposição.
Leia mais no especial sobre Argentina
Limitação de saques força uso de cartão na Argentina
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O teto de US$ 1.000 para os saques mensais nas contas e aplicações que as pessoas mantêm nos bancos argentinos não significa que haverá um congelamento dos depósitos.
Segundo o decreto 1.570/01, divulgado ontem à noite, haverá um limite semanal de saques de US$ 250 por pessoa, totalizando um teto máximo de US$ 1.000 por mês. Mas, se quiserem gastar mais do que isso, poderão utilizar outros meios, como cartões bancários, de crédito ou cheques.
A medida não deve ter maiores reflexos no dia-a-dia de grande parte da população. O salário médio pago na Argentina é muito inferior a esse valor. Mensalmente, ganha-se aproximadamente 300 pesos (ou dólares) no país. O salário mínimo argentino está em 200 pesos.
Já os funcionários do Poder Executivo devem ter de começar a rever seus hábitos, principalmente aqueles que não têm costume de utilizar cartões ou cheques. O salário médio de mais de 70% deles supera os US$ 1.200, isso excluído os cargos de confiança, como de ministros.
Será um problema para quem recebe acima de US$ 1.000 e acabou de ter seu salário depositado no banco, se não tiver à mão cartões ou talões de cheques.
Em entrevista a uma rádio, o gerente-geral do banco Credicoop, Carlos Heller, afirmou que as medidas do governo levam a um processo forçado de utilização do sistema bancário, algo que em outros países é uma questão cultural e de longo prazo, com as pessoas se acostumando gradualmente com o pagamento eletrônico.
Para criar um incentivo nesse sentido, uma medida entrou em vigor ontem. Nas compras com cartões, a pessoa ganha 5% de desconto no IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que incide na despesa. O valor correspondente ao desconto será depositado na sua conta no mês seguinte.
Heller afirmou que o problema de liquidez do sistema financeiro, agravado pela retirada forte de depósitos, se deve ao fato de os bancos do exterior terem cortado as linhas de financiamento para a Argentina nos últimos meses, que em muitos casos não foram renovadas após o vencimento.
Ontem, segundo emissoras de TV argentinas, houve grande procura por caixas eletrônicos, incluindo a formação de filas. Mas o dinheiro teria sido insuficiente: à tarde, quem buscava sacar dólares ou pesos não encontrava mais cédulas a disposição.
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