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Lula pede que ministros fiquem atentos a turbulências nos EUA
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Apesar do tom de serenidade dado oficialmente pelo governo às influências da crise dos EUA na economia nacional, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião ministerial de hoje, é para que todos os setores fiquem atentos aos movimentos da turbulência norte-americana.
A Folha Online apurou que, durante a reunião ministerial, o presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, disse ser impossível dimensionar os efeitos da crise. Meirelles teria afirmado ainda que o momento é de manter a atenção.
Segundo interlocutores, Meirelles disse que há solidez econômica no Brasil e por isso o crescimento não seria afetado por eventuais influências provocadas pela crise dos EUA.
De forma didática, o presidente do BC fez uma exposição técnica, na qual listou os cinco itens que considera responsáveis pela manutenção da serenidade no governo.
De acordo com interlocutores que acompanharam a exposição de Meirelles, ele disse que o mercado externo brasileiro não depende só dos EUA; a crise imobiliária seria um processo da economia interna norte-americana; mostrou uma curva em queda relacionando o PIB (Produto Interno Bruto) e a dívida externa; citou as reservas em R$ 185 bilhões. Por fim, ele teria dito que o mercado financeiro brasileiro está em equilíbrio.
A exposição de Meirelles ocupou parte da primeira etapa da reunião ministerial, realizada nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto.
Oficialmente, o governo optou por negar qualquer receio ou atenção especial em torno de eventuais efeitos da crise dos EUA. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), designado porta-voz da reunião, disse que o clima no governo era de "serenidade".
"Essa é uma preocupação hoje do mundo. Mas o presidente do Banco Central [Henrique Meirelles] passou serenidade", disse Múcio, ao final da reunião.
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