Publicidade
Publicidade
04/12/2001
-
19h29
FABRÍCIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Quem quis comprar dólares hoje na Argentina teve que se dispor a pagar 1,04 peso para levar US$ 1. Ou seja, estão pagando ágio de 4%. O vendaval que sacudiu o mercado na última sexta-feira e as consequentes medidas tomadas pelo governo para acalmar os ânimos fez o preço da moeda norte-americana pular 3,5% em três dias.
Na manhã de sexta, era possível comprar US$ 1 com 1,005 peso. E a perspectiva é de que a restrição imposta pelo governo aos saques das contas bancárias, que pelas novas regras não podem ultrapassar os US$ 250 semanais, aumentará ainda mais o preço da moeda dos EUA.
"O mercado paralelo vai voltar com força. E logo teremos pessoas cobrando ágio para trocar cheques por dólares", diz Carlos Filadoromo, que trabalha no mercado cambial há quase duas décadas.
Filadoromo explica que ainda é raro a compra de dólares com cheques. Mas a falta de dinheiro em espécie vai fazer essa prática crescer. "E ninguém vai estar disposto a pegar cheques se não ganhar um extra."
Houve casas de câmbio que nem abriram suas portas nos últimos dois dias. A mudança de regras em pleno fim de semana pegou muitas delas de surpresa, com o dinheiro que usam para negociar no dia a dia presos presos pelo teto dos saques.
Nos bancos, já não é fácil comprar quantias um pouco maiores de dólares. A gerente de câmbio de um banco argentino que não quis ser identificada disse que, como os bancos perderam um grande volume de depósitos nas últimas semanas, quem quiser comprar mais de US$ 1.500 encontrará dificuldades em grande parte das instituições.
"Principalmente se não for cliente [do banco] nem argentino." Somente na última sexta-feira, fugiram US$ 951 milhões dos depósitos. No mês passado, a fuga chegou aos US$ 3,5 bilhões.
Cambistas vendem dólar com ágio de 4% no mercado negro da Argentina
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Quem quis comprar dólares hoje na Argentina teve que se dispor a pagar 1,04 peso para levar US$ 1. Ou seja, estão pagando ágio de 4%. O vendaval que sacudiu o mercado na última sexta-feira e as consequentes medidas tomadas pelo governo para acalmar os ânimos fez o preço da moeda norte-americana pular 3,5% em três dias.
Na manhã de sexta, era possível comprar US$ 1 com 1,005 peso. E a perspectiva é de que a restrição imposta pelo governo aos saques das contas bancárias, que pelas novas regras não podem ultrapassar os US$ 250 semanais, aumentará ainda mais o preço da moeda dos EUA.
"O mercado paralelo vai voltar com força. E logo teremos pessoas cobrando ágio para trocar cheques por dólares", diz Carlos Filadoromo, que trabalha no mercado cambial há quase duas décadas.
Filadoromo explica que ainda é raro a compra de dólares com cheques. Mas a falta de dinheiro em espécie vai fazer essa prática crescer. "E ninguém vai estar disposto a pegar cheques se não ganhar um extra."
Houve casas de câmbio que nem abriram suas portas nos últimos dois dias. A mudança de regras em pleno fim de semana pegou muitas delas de surpresa, com o dinheiro que usam para negociar no dia a dia presos presos pelo teto dos saques.
Nos bancos, já não é fácil comprar quantias um pouco maiores de dólares. A gerente de câmbio de um banco argentino que não quis ser identificada disse que, como os bancos perderam um grande volume de depósitos nas últimas semanas, quem quiser comprar mais de US$ 1.500 encontrará dificuldades em grande parte das instituições.
"Principalmente se não for cliente [do banco] nem argentino." Somente na última sexta-feira, fugiram US$ 951 milhões dos depósitos. No mês passado, a fuga chegou aos US$ 3,5 bilhões.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice