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01/02/2008 - 20h30

Oferta da Microsoft ao Yahoo puxa altas em Wall Street

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da Efe, em Nova York
da Folha Online

As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, influenciadas pela oferta bilionária que a Microsoft apresentou ao site Yahoo e por um plano para ajudar as seguradoras de bônus.

Segundo os dados disponíveis no fechamento, o Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, subiu 95,68 pontos (0,76%), para 12.746,04.

Já o indicador da Nasdaq avançou 23,5 pontos (0,98%), para 2.413,36.

Por sua vez, o S&P 500, que mede o rendimento de 500 grandes empresas, subiu 16,79 pontos (1,22%), para 1.395,34.

A Microsoft informou que fez a proposta à junta diretora do Yahoo! para adquirir o pacote de ações comuns a US$ 31 por título, representando um total de cerca de US$ 44,6 bilhões. No comunicado enviado ao Yahoo!, a Microsoft deixa claro que seu objetivo no negócio é ganhar espaço no mercado de publicidade on-line.

A oferta ocorre na mesma semana em que o Yahoo! anunciou que vai demitir mil empregados, o que representa 7% de seu quadro de funcionários. Trata-se da maior eliminação de postos de trabalho que a empresa promove desde a sua fundação. Atualmente, a empresa conta com 14.300 funcionários. "Trata-se de um passo necessário em nossa transformação", disse Jerry Yang, co-fundador e executivo-chefe da companhia.

O anúncio fez as ações subirem no início do dia, mas logo teve que disputar a atenção dos investidores com a divulgação da eliminação de 17 mil empregos nos EUA em janeiro --primeiro resultado negativo desde agosto de 2003 (em agosto do ano passado, o departamento havia informado inicialmente a eliminação de 4.000 postos de trabalho, mas o dado foi revisto e passou a mostrar a criação de 89 mil empregos).

O dado frustrou as previsões dos analistas, que projetavam crescimento de 75 mil vagas no mês passado. A taxa de desemprego, no entanto, registrou um ligeiro recuo no mês passado, para 4,9%, contra 5% registrados em dezembro.

O Departamento do Comércio, por sua vez, anunciou que os gastos com construção no ano passado tiveram queda recorde de 2,6%, contra uma alta de 5,3% em 2006. A crise dos créditops de risco reduz a cessão de crédito imobiliário, que por sua vez faz cair a venda de residências. Para evitar excesso de oferta de residências, os construtores preferem cancelar ou adiar novos lançamentos imobiliários, reduzindo assim os gastos com construção.

Outro dado a confundir o rumo dos negócios hoje foi o índice de confiança do consumidor apurado pela Universidade de Michigan, que atingiu 78,4 pontos em janeiro, ante 75,5 pontos em dezembro. Mesmo com a alta, frustrou as expectativas dos analistas, que previam 79 pontos. A primeira estimativa deste indicador apontava um resultado de 80,5 pontos.

O ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) também contribuiu para confundir as avalçiações sobre a economia americana, ao divulgar seu índice de atividade do setor manufatureiro, que subiu para 50,7 pontos no mês passado, contra 48,4 pontos em dezembro. Acima de 50 pontos, há a indicação de avanço da atividade no setor e, abaixo desse nível, contração.

Norbert Ore, economista do ISM, disse por ocasião da divulgação dos dados que o registro do mês passado 'representa o retorno à tendência recente de um lento crescimento no setor manufatureiro'.

Seguro de crédito

A agência de classificação de risco Moody's Investors Service informou hoje que deverá rebaixar o "rating" (nota de risco) de algumas empresas de seguro de crédito --sem, no entanto, revelar quais empresas teriam a nota rebaixada.

"O mercado está um pouco confuso", disse à agência de notícias Associated Press o diretor de pesquisas de títulos Nicholas Raich, da National City Private Client.

O site de notícias econômicas CNBC informou hoje que alguns grandes bancos americanos estudam formar uma espécie de consórcio para ajudar as seguradoras de títulos financeiros.

Na semana passada, a ameaça de que seguradoras importantes do sistema financeiro possam receber "downgrades" provocou a derrocada de Bolsas de Valores. Essas seguradoras garantem bônus emitidos por instituições financeiras e funcionam como uma "contraparte" do sistema financeiro, já combalido pelo crise dos créditos de risco há meses.

Ontem, a MBIA, uma das principais seguradoras do mercado, informou perdas da ordem de US$ 3,5 bilhões justamente por conta dos títulos de crédito imobiliário de alto risco. A diretoria da MBIA procurou tranqüilizar o sistema financeiro ao anunciar que buscava levantar fundos para evitar um possível "downgrade".

 

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