Publicidade
Publicidade
Jucá diz que reforma não irá alterar carga tributária
Publicidade
ANA PAULA RIBEIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Em uma apresentação que só contém as linhas gerais da reforma tributária, o governo não mostrou para a oposição qual será o impacto da proposta sobre a carga tributária (total de tributos arrecadados no ano em relação ao tamanho da economia de um país). Em 2006 --último dado oficial divulgado- ela foi de de 32,23% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a reforma não irá alterar a carga tributária. No entanto, não soube dizer se a base utilizada para essa comparação será a arrecadação deste ano, do ano passado ou a estimativa que consta do Orçamento.
"O princípio [da neutralidade] está garantido. A reforma tributária vai ter um sentido neutro", garante o líder, sem explicar qual a base de comparação para que a neutralidade realmente ocorra.
Ele voltou a defender a importância da reforma para o crescimento da economia e a redução da informalidade. A expectativa do governo é que a proposta, caso aprovada, amplie a expansão da economia entre 10% e 15%. Ou seja, se o PIB crescer sem a reforma 5%, com ela será de pelo menos 5,5%.
Sobre a partilha de receitas com Estados e municípios, Jucá garantiu que ela também será neutra, mas com o fim da sazonalidade no repasse. Essa sazonalidade ocorre porque o Fundo de Participação dos Municípios e o Fundo de Participação dos Estados são formados, basicamente, por uma parcela da arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do Imposto de Renda, que tem arrecadação mais elevada no começo de cada trimestre. 'A reforma vai dar um equilíbrio maior nas transferências.'
Jucá explicou que esse equilíbrio irá ocorrer porque o repasse passará a ser feito com base no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), novo imposto que irá incluir quatro tributos (PIS, Cofins, Cide e CSLL). Esses tributos têm uma regularidade maior ao longo do ano.
Sobre a desoneração para o Imposto de Renda da Pessoa Física, Jucá afirmou que o governo pretende reduzir o impacto sobre os trabalhadores da classe média, mas que esse tema está fora das discussões que irão ocorrer no âmbito da reforma tributária.
Leia mais
- Chinaglia e Garibaldi preparam plano para acelerar votação do Orçamento
- Governo nega retirada da desoneração da folha de pagamento da reforma tributária
- Ministros negociam com oposição aprovação da reforma tributária
- Jornal critica sistema tributário brasileiro e defende reforma
- Blog do Josias: "Prioridade agora é reforma tributária", diz Lula
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
avalie fechar