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27/12/2001
-
09h53
FABRÍCIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Aos poucos as restrições impostas pelo longo feriado bancário argentino vão chegando ao fim. O governo decidiu que a partir de hoje volta a funcionar a "clearing" bancária, o que significa que as operações de compensação de cheques serão retomadas.
A medida é recebida com alívio pelas empresas, que estavam com os caixas abarrotados de cheques que não tinham como receber.
Os argentinos também já podem sacar os 250 pesos semanais de suas contas bancárias permitidos pelo limite imposto pelo governo no início do mês.
Mas as operações de câmbio continuam proibidas, como tem sido desde a sexta-feira passada. Sem casas de câmbio, os doleiros têm aproveitado para exigir preços muito elevados para vender US$ 1. Quem queria comprar dólar ontem, não o conseguia fazer por menos de 1,47 peso nas ruas de Buenos Aires.
As transferências entre contas bancárias continuam proibidas, salvo se forem realizadas em contas na mesma moeda (peso ou dólar) e no mesmo banco.
A decisão de voltar a funcionar a "clearing" bancária também possibilita a volta das operações na Bolsa de Valores do país.
Sem poder transferir recursos de um banco a outro, a Província de Buenos Aires deixou de pagar as aposentadorias de centenas de pessoas que fizeram filas nas agências do Banco Província desde o início da manhã de ontem.
A impossibilidade de se compensar cheques vinha agravando a situação das empresas. Sem ter acesso aos recursos recebidos por meio de cheques, cresce a dificuldade em se pagar o 13º salário, as férias, os salários e outras despesas.
Quem tem um depósito a prazo fixo não tem como sacar o dinheiro nem como transferi-lo para uma outra conta que tiver quando este vence. O dinheiro fica parado, sem render e sem poder ser utilizado.
O presidente do banco Credicoop, Carlos Heller, disse acreditar que o sistema financeiro argentino "estará pronto para se normalizar em 3 de janeiro".
"Isso se considerarmos que o argentino estará em circulação no início de janeiro", disse Heller.
O governo criou um fundo destinado a promover liquidez ao sistema financeiro. As instituições financeiras são obrigadas a participar do fundo, com até 5% da média do saldo dos depósitos do setor privado em moeda estrangeira.
O Banco Central poderá aumentar esse percentual até 50%, se achar necessário. O fundo tem vigência de 5 anos. (FV)
Leia mais no especial sobre Argentina
Cheques voltam a ser compensados hoje na Argentina
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da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Aos poucos as restrições impostas pelo longo feriado bancário argentino vão chegando ao fim. O governo decidiu que a partir de hoje volta a funcionar a "clearing" bancária, o que significa que as operações de compensação de cheques serão retomadas.
A medida é recebida com alívio pelas empresas, que estavam com os caixas abarrotados de cheques que não tinham como receber.
Os argentinos também já podem sacar os 250 pesos semanais de suas contas bancárias permitidos pelo limite imposto pelo governo no início do mês.
Mas as operações de câmbio continuam proibidas, como tem sido desde a sexta-feira passada. Sem casas de câmbio, os doleiros têm aproveitado para exigir preços muito elevados para vender US$ 1. Quem queria comprar dólar ontem, não o conseguia fazer por menos de 1,47 peso nas ruas de Buenos Aires.
As transferências entre contas bancárias continuam proibidas, salvo se forem realizadas em contas na mesma moeda (peso ou dólar) e no mesmo banco.
A decisão de voltar a funcionar a "clearing" bancária também possibilita a volta das operações na Bolsa de Valores do país.
Sem poder transferir recursos de um banco a outro, a Província de Buenos Aires deixou de pagar as aposentadorias de centenas de pessoas que fizeram filas nas agências do Banco Província desde o início da manhã de ontem.
A impossibilidade de se compensar cheques vinha agravando a situação das empresas. Sem ter acesso aos recursos recebidos por meio de cheques, cresce a dificuldade em se pagar o 13º salário, as férias, os salários e outras despesas.
Quem tem um depósito a prazo fixo não tem como sacar o dinheiro nem como transferi-lo para uma outra conta que tiver quando este vence. O dinheiro fica parado, sem render e sem poder ser utilizado.
O presidente do banco Credicoop, Carlos Heller, disse acreditar que o sistema financeiro argentino "estará pronto para se normalizar em 3 de janeiro".
"Isso se considerarmos que o argentino estará em circulação no início de janeiro", disse Heller.
O governo criou um fundo destinado a promover liquidez ao sistema financeiro. As instituições financeiras são obrigadas a participar do fundo, com até 5% da média do saldo dos depósitos do setor privado em moeda estrangeira.
O Banco Central poderá aumentar esse percentual até 50%, se achar necessário. O fundo tem vigência de 5 anos. (FV)
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