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Governo culpa greve da Receita pela queda do saldo comercial
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, responsabilizou nesta sexta-feira a greve dos fiscais da Receita Federal --iniciada em 18 de março-- pela redução do volume de exportações e importações registrado na balança comercial brasileira. Segundo eles, números deixaram de ser registrados.
Nos 21 dias úteis de abril, foi registrado superávit de US$ 1,744 bilhão, acima de março (US$ 1,013 bilhão), mas abaixo do registrado em abril do ano passado (US$ 4,183 bilhões). As exportações foram de US$ 14,059 bilhões, e as importações, de US$ 12,315 bilhões.
"A culpa é da greve da Receita Federal. Este volume é atípico. A greve atrapalha em termos estatísticos, mas não para o governo, pois há um comércio intenso intrafirmas", disse Barral. A meta de projeção para exportações, segundo Barral, está mantida em US$ 180 bilhões para o ano de 2008.
Segundo os dados registrados em abril, houve ainda redução nas exportações para os Estados Unidos de produtos, como celulose, madeira e aparelhos, incluindo peças de automotivos. De acordo com Barral, houve queda também no comércio de petróleo com os EUA.
O secretário, porém, disse que a queda nas vendas relativa ao óleo não é real porque as estatísticas não foram contabilizadas. Segundo ele, há um total de US$ 1,2 bilhão não contabilizado (apenas no mês de abril) em decorrência da paralisação. Barral também inclui na lista de não-contabilizados a soja em grão, farelo de soja e minério de ferro.
Superávit
No acumulado do ano (82 dias úteis) até 30 de abril, as exportações brasileiras somaram US$ 52,749 bilhões, com média diária de US$ 643,3 milhões, número 13,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 566,5 milhões). As importações no ano somaram US$ 48,169 bilhões (média diária de US$ 587,4 milhões, em alta de 43,6% sobre o mesmo período de 2007).
Assim, o saldo comercial no ano totalizou US$ 4,580 bilhões, com uma média diária de US$ 55,9 milhões, valor 64,5% menor que o registrado no mesmo período de 2007.
A redução no superávit comercial é explicada pelo crescimento das importações em ritmo maior do que as exportações. Isso ocorre em decorrência da redução da cotação do dólar no Brasil, o que estimula a compra de máquinas e equipamentos no exterior. Além disso, o aumento da renda dos brasileiros favorece a compra de produtos importados.
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