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Bolívia propõe gestão compartilhada a petrolíferas nacionalizadas
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da Efe, em La Paz
O governo da Bolívia ofereceu nesta quinta-feira aos acionistas britânicos e holandeses de duas petrolíferas nacionalizadas uma gestão compartilhada, mediante um acordo similar ao alcançado recentemente com a hispano-argentina Repsol YPF sobre sua filial neste país.
O presidente da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), Santos Ramírez, confirmou hoje, em entrevista coletiva, que a oferta será lançada aos acionistas da empresa produtora Chaco e à transportadora de hidrocarbonetos Transredes.
A Chaco tem participação da Pan American Energy, pertencente ao grupo British Petroleum (BP), enquanto a Transredes tem como sócios estrangeiros a britânica Ashmore e a anglo-holandesa Shell.
Essas companhias foram nacionalizadas em 1º de maio com um decreto do presidente boliviano, Evo Morales, que as obriga a repassar à YPFB uma pequena parte de suas ações para que a petrolífera estatal assuma o controle de 50% mais um das empresas.
A transferência das ações deve ser feita mediante um pagamento fixado pelo Estado nesse decreto, que no caso da Transredes é igual a US$ 12,6 milhões e no da Chaco, a US$ 4,8 milhões.
Segundo Ramírez, quando for concretizada a transferência das ações, pode-se "ver uma modalidade mista e compartilhada no que é a administração, gestão e operação" nos campos e nas indústrias no caso da Chaco e nos oleodutos e gasodutos com a Transredes.
Ao contrário dessas empresas que estão obrigadas a aceitar o montante fixado pelo Estado, a Repsol YPF assinou um acordo com o governo para vender as ações que requeria na empresa Andina por um montante de US$ 6,2 milhões, o qual se concretizou na quarta-feira (7).
A YPFB acordou com a Repsol YPF a gestão compartilhada em Andina.
O governo também nacionalizou 100% da Companhia Logística de Hidrocarbonetos da Bolívia (CLHB), de investidores privados alemães e peruanos, em troca de um pagamento de US$ 20 milhões.
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