Publicidade
Publicidade
25/01/2002
-
10h52
da Folha Online
Empréstimos fictícios
Em 1986, o Banco Nacional apresentou um rombo de US$ 600 milhões em suas contas, superior ao patrimônio líquido, de US$ 250 milhões, à época. Para encobrir o rombo, o banco forjou empréstimos fictícios, abrindo mais de 600 contas fantasmas. Os empréstimos falsos foram contabilizados como ativos bons, equilibrando o balanço
Intervenção
As operações foram sendo renovadas e ampliadas, o que resultou num rombo de US$ 9,2 bilhões em 18 de novembro de 95, quando o Banco Central interveio no Nacional. A empresa de auditoria KPMG e o BC não viram irregularidades no balanço
Proer
Para sanear o Nacional, o BC usou o dinheiro do Proer, criado duas semanas antes da intervenção. O Unibanco assumiu a parte boa, enquanto os créditos podres ficaram com o BC. O Nacional deve, hoje, R$ 15,2 bilhões aos cofres públicos
Inquérito
Em 1997, a Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito sobre as fraudes, entre elas Marcos Magalhães Pinto, ex-controlador do Nacional, e Clarimundo Sant'Anna, ex-diretor acusado de encobrir as contas fantasmas
Denúncia
A denúncia da Procuradoria da República contra 33 acusados de crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária (Lei do Colarinho Branco) foi aceita pela Justiça no final de setembro de 97
Exclusão
Em outubro de 98, por decisão do TRF-RJ, foi retirado o nome de Ana Lúcia de Magalhães Pinto do processo por gestão temerária. Também conseguiu na Justiça tirar seu nome do processo Georg Lipsztein, outro ex-dirigente do Nacional
Sumiço
No dia 5 de abril de 2000, o BC recuperou o processo administrativo que investiga as fraudes no Nacional, desaparecido desde maio de 1998
Anulação
Em 29 de junho de 2000, os advogados de Clarimundo Sant'Anna entraram com pedido de habeas corpus pedindo a anulação da perícia contábil feita durante o inquérito.
Inquérito
Em 1997, a Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito sobre as fraudes, entre elas Marcos Magalhães Pinto, ex-controlador do Nacional, e Clarimundo Sant'Anna, ex-diretor acusado de encobrir as contas fantasmas
Em dezembro de 2000, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre evasão de divisas do Interbanco, subsidiária do Nacional no Paraguai. O inquérito concluiu que, de 1990 a 1995, o Nacional remeteu para o exterior a quantia de US$ 6 bilhões
Condenação
Em 30 de janeiro de 2001, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro decidiu, por unanimidade, proibir os ex-executivos do Nacional Marcos Magalhães Pinto e Clarimundo Sant'Anna de atuarem como dirigentes de outras instituições financeiras
Proibição
No dia 11 de janeiro deste ano, o juiz Marco André Bizzo Molieri, da 1ª Vara Federal do Rio, determinou que nenhum dos 30 réus dos três processos que apuram irregularidades na gestão do antigo Banco Nacional pode deixar o país até que ele torne públicas suas sentenças
Leia também
Saiba quem são e as penas dos condenados
Rombo desencadeu socorro a bancos
Entenda o rombo do Nacional
Entenda o rombo do Banco Nacional
Publicidade
Em 1986, o Banco Nacional apresentou um rombo de US$ 600 milhões em suas contas, superior ao patrimônio líquido, de US$ 250 milhões, à época. Para encobrir o rombo, o banco forjou empréstimos fictícios, abrindo mais de 600 contas fantasmas. Os empréstimos falsos foram contabilizados como ativos bons, equilibrando o balanço
As operações foram sendo renovadas e ampliadas, o que resultou num rombo de US$ 9,2 bilhões em 18 de novembro de 95, quando o Banco Central interveio no Nacional. A empresa de auditoria KPMG e o BC não viram irregularidades no balanço
Para sanear o Nacional, o BC usou o dinheiro do Proer, criado duas semanas antes da intervenção. O Unibanco assumiu a parte boa, enquanto os créditos podres ficaram com o BC. O Nacional deve, hoje, R$ 15,2 bilhões aos cofres públicos
Em 1997, a Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito sobre as fraudes, entre elas Marcos Magalhães Pinto, ex-controlador do Nacional, e Clarimundo Sant'Anna, ex-diretor acusado de encobrir as contas fantasmas
A denúncia da Procuradoria da República contra 33 acusados de crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária (Lei do Colarinho Branco) foi aceita pela Justiça no final de setembro de 97
Em outubro de 98, por decisão do TRF-RJ, foi retirado o nome de Ana Lúcia de Magalhães Pinto do processo por gestão temerária. Também conseguiu na Justiça tirar seu nome do processo Georg Lipsztein, outro ex-dirigente do Nacional
No dia 5 de abril de 2000, o BC recuperou o processo administrativo que investiga as fraudes no Nacional, desaparecido desde maio de 1998
Em 29 de junho de 2000, os advogados de Clarimundo Sant'Anna entraram com pedido de habeas corpus pedindo a anulação da perícia contábil feita durante o inquérito.
Em 1997, a Polícia Federal indiciou 39 pessoas no inquérito sobre as fraudes, entre elas Marcos Magalhães Pinto, ex-controlador do Nacional, e Clarimundo Sant'Anna, ex-diretor acusado de encobrir as contas fantasmas
Em dezembro de 2000, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre evasão de divisas do Interbanco, subsidiária do Nacional no Paraguai. O inquérito concluiu que, de 1990 a 1995, o Nacional remeteu para o exterior a quantia de US$ 6 bilhões
Em 30 de janeiro de 2001, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro decidiu, por unanimidade, proibir os ex-executivos do Nacional Marcos Magalhães Pinto e Clarimundo Sant'Anna de atuarem como dirigentes de outras instituições financeiras
No dia 11 de janeiro deste ano, o juiz Marco André Bizzo Molieri, da 1ª Vara Federal do Rio, determinou que nenhum dos 30 réus dos três processos que apuram irregularidades na gestão do antigo Banco Nacional pode deixar o país até que ele torne públicas suas sentenças
Leia também
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice