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28/01/2002
-
19h20
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O boicote dos supermercados aos cartões de débito será geral. As principais redes do país anunciaram hoje a suspensão por tempo indeterminado dessa modalidade de pagamento.
Pão de Açúcar (Extra, Barateiro e Eletro), Carrefour, Wal-Mart e Sonae (BIG, Candia, Nacional e Mercadorama) só vão aceitar os cartões de débito até o dia 25 de fevereiro.
As empresas criticam as taxas cobradas pelas administradoras de cartões_ consideradas altas. O custo reduz a margem de lucros dos supermercados.
Segundo a Abras (Associação Brasileiras dos Supermercados), atualmente 8,2% das vendas do varejo são feitos com cartões de débito.
Nem a entidade nem os supermercados revelam os valores das taxas cobradas. A queixa começou com os donos de postos de combustíveis.
Para se ter uma idéia, o cartão de débito Visa Electron, o mais usado pelos brasileiros, movimentou R$ 6,5 bilhões em 2001_ cerca de 20% do faturamento total da Visa do Brasil, que somou R$ 33,4 bilhões, um aumento de 36% em relação a 2000.
Para analistas, a decisão dos supermercados ajudará a baratear seus custos de venda.
A transição para outros meios de pagamento, como cheque e cartão de crédito, não será tão difícil, já que se tratam de vendas à vista. Além disso, as redes investem cada vez mais na popularização de seus próprios cartões.
Pão de Açúcar
O primeiro a anunciar a suspensão das operações com cartões de débito foi o grupo Pão de Açúcar (Barateiro, Pão de Açúcar, Extra e Eletro), no início da tarde.
A companhia deixará de receber os cartões de débitos da Visanet (Visa Electron), RedeShop, Maestro (Mastercard) e Cheque Eletrônico.
Segundo a assessoria de imprensa, o motivo da suspensão das operações:
as "altas taxas cobradas pelas administradoras". O grupo não divulgou o valor das taxas.
O grupo diz que a medida não prejudicará o consumidor. Os pontos de vendas já estão informando os clientes sobre a suspensão.
O Pão de Açúcar diz não temer uma queda das vendas, pois acredita na migração do consumidor para novas formas de pagamento, como cartão de crédito e cheque.
Além do varejo supermercadista, os donos de postos de combustíveis também criticam as administradoras de cartões de débito pela cobrança das taxas.
Analista
O grupo Pão de Açúcar pode baratear seus custos de vendas com a decisão de deixar de receber cartões de débito a partir de 25 de fevereiro, por tempo indeterminado.
A avaliação é do analista da Fator-Doria Atherino, Paschoal Paione, que considera a transição do consumidor para outras formas de pagamento (cartão de crédito e cheques) será feita com facilidade.
"A medida tem um impacto marginal para o Pão de Açúcar", afirma.
Ele lembra que o Pão de Açúcar tem investido para aumentar as vendas por meio do seu próprio cartão.
Sem comentários
A Febraban (Federação Brasileira de Associações de Bancos) evitou hoje comentar a decisão do Pão de Açúcar de recusar os cartões de débito a partir do dia 25 de fevereiro, por tempo indeterminado.
Segundo a assessoria de imprensa da Febraban, o caso é pontual e deve ser comentado pelas empresas ou pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
Já a assessoria da Abecs diz, no entanto, que cabe à Febraban falar sobre o caso, pois o esse assunto não é do seu foro.
A Visanet e a Mastercard também evitaram se manifestar sobre a decisão. As assessorias das duas instituições recomendam os jornalistas a procurar a Febraban.
Leia mais:
Supermercados acabam com vale-refeição em papel em junho
Supermercados boicotam uso de cartão de débito em fevereiro
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da Folha Online
O boicote dos supermercados aos cartões de débito será geral. As principais redes do país anunciaram hoje a suspensão por tempo indeterminado dessa modalidade de pagamento.
Pão de Açúcar (Extra, Barateiro e Eletro), Carrefour, Wal-Mart e Sonae (BIG, Candia, Nacional e Mercadorama) só vão aceitar os cartões de débito até o dia 25 de fevereiro.
As empresas criticam as taxas cobradas pelas administradoras de cartões_ consideradas altas. O custo reduz a margem de lucros dos supermercados.
Segundo a Abras (Associação Brasileiras dos Supermercados), atualmente 8,2% das vendas do varejo são feitos com cartões de débito.
Nem a entidade nem os supermercados revelam os valores das taxas cobradas. A queixa começou com os donos de postos de combustíveis.
Para se ter uma idéia, o cartão de débito Visa Electron, o mais usado pelos brasileiros, movimentou R$ 6,5 bilhões em 2001_ cerca de 20% do faturamento total da Visa do Brasil, que somou R$ 33,4 bilhões, um aumento de 36% em relação a 2000.
Para analistas, a decisão dos supermercados ajudará a baratear seus custos de venda.
A transição para outros meios de pagamento, como cheque e cartão de crédito, não será tão difícil, já que se tratam de vendas à vista. Além disso, as redes investem cada vez mais na popularização de seus próprios cartões.
Pão de Açúcar
O primeiro a anunciar a suspensão das operações com cartões de débito foi o grupo Pão de Açúcar (Barateiro, Pão de Açúcar, Extra e Eletro), no início da tarde.
A companhia deixará de receber os cartões de débitos da Visanet (Visa Electron), RedeShop, Maestro (Mastercard) e Cheque Eletrônico.
Segundo a assessoria de imprensa, o motivo da suspensão das operações:
as "altas taxas cobradas pelas administradoras". O grupo não divulgou o valor das taxas.
O grupo diz que a medida não prejudicará o consumidor. Os pontos de vendas já estão informando os clientes sobre a suspensão.
O Pão de Açúcar diz não temer uma queda das vendas, pois acredita na migração do consumidor para novas formas de pagamento, como cartão de crédito e cheque.
Além do varejo supermercadista, os donos de postos de combustíveis também criticam as administradoras de cartões de débito pela cobrança das taxas.
Analista
O grupo Pão de Açúcar pode baratear seus custos de vendas com a decisão de deixar de receber cartões de débito a partir de 25 de fevereiro, por tempo indeterminado.
A avaliação é do analista da Fator-Doria Atherino, Paschoal Paione, que considera a transição do consumidor para outras formas de pagamento (cartão de crédito e cheques) será feita com facilidade.
"A medida tem um impacto marginal para o Pão de Açúcar", afirma.
Ele lembra que o Pão de Açúcar tem investido para aumentar as vendas por meio do seu próprio cartão.
Sem comentários
A Febraban (Federação Brasileira de Associações de Bancos) evitou hoje comentar a decisão do Pão de Açúcar de recusar os cartões de débito a partir do dia 25 de fevereiro, por tempo indeterminado.
Segundo a assessoria de imprensa da Febraban, o caso é pontual e deve ser comentado pelas empresas ou pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
Já a assessoria da Abecs diz, no entanto, que cabe à Febraban falar sobre o caso, pois o esse assunto não é do seu foro.
A Visanet e a Mastercard também evitaram se manifestar sobre a decisão. As assessorias das duas instituições recomendam os jornalistas a procurar a Febraban.
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