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27/05/2008 - 09h48

Consumidor gasta mais com refeições fora de casa

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TATIANA RESENDE
da Folha de S.Paulo

Os consumidores estão fazendo mais refeições fora de casa. Segundo pesquisa da LatinPanel, a participação no gasto médio domiciliar passou de 4% em 2006 para 4,6% no ano passado. Em contrapartida, as despesas com alimentação dentro do lar caíram de 19% para 17,8% nesse confronto.

Os dados foram divulgados ontem pela Apas (Associação Paulista de Supermercados). Entre as ações para driblar essa concorrência, o presidente da entidade, João Sanzovo Neto, aponta a ampliação do mix de pratos prontos nas gôndolas e investimentos em áreas para consumo dentro das lojas.

Com o aumento dos preços de produtos como feijão e arroz, Sanzovo avalia que o consumidor pode voltar a comer mais dentro de casa para reduzir os gastos com alimentação.

Já o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci Jr., prevê o efeito inverso com a inflação. Segundo ele, a alta nos preços dos pratos nos restaurantes variaram de 5% (mais sofisticados) a 15% (mais populares), dependendo do peso dos itens no cardápio, nos últimos seis meses. "Ficou mais caro comer dentro de casa."

Aumento da renda

Solmucci acrescenta ainda que dois fatores influenciam diretamente os gastos com alimentação fora do lar: o crescimento do número de mulheres no mercado de trabalho e o aumento da renda do trabalhador. Sem retração em um desses indicadores, afirma, não haverá diminuição nas despesas em restaurantes.

Ainda de acordo com a LatinPanel, o número de consumidores que afirmaram nunca comer fora de casa caiu de 38%, em 2006, para 24,2% em 2007. Entre os que têm esse hábito, a maior parte (33,8%) afirmou fazer isso "raramente", percentual que era de 26% em 2006.

Atentos a esse nicho, as grandes redes já prepararam o "contra-ataque". No Carrefour, líder do setor no Brasil, cerca de 80% dos super e hipermercados possuem uma rotisseria, onde é possível consumir lanches dentro das lojas.

No Wal-Mart, terceiro no ranking do ano passado, as vendas de pratos prontos cresceram 10,2% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2007. Só neste mês, a expansão chegou a 18%.

No Grupo Pão de Açúcar, que detém a vice-liderança do setor no país, as comidas prontas servidas na rotisseria apresentaram alta de 8% em 2007 e 10% neste ano. Boa parte das lojas do grupo oferece uma área para refeições ou lanches rápidos, com destaque para todos os formatos da bandeira Extra.

Sobre a fidelidade do consumidor aos canais de compra, a pesquisa apontou que 76% deles optam por mais de três para abastecer a despensa. No caso de congelados e refrigerados, 66% compram apenas em super e hipermercados. Em carnes e aves, esse percentual é de 41% e na peixaria, 33%.

Comentários dos leitores
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
Vejam bem politicos e corruptos, não tem diferença,essa merkel está de olho só no nosso petroleo e nada mais, pois quem tocou no assunto de bio combustiveis foi olulala e não ela ela não quer nem saber....disso... sem opinião
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Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Muito alarido, pelo diretor da FAO. ele está fazendo o seu papel. Agora... previsão para 2050 (daqui 40 anos). Será que esse diretor ou os especialistas se lembram do que seria necessário fazer, em 1968 em relação à fome no mundo? Em 40 anos, quais países ainda serão emergentes? É realmente problema de vontade política e de se ensinar e dar condições de "pescar" e não de dar o peixe já frito a esse segmento faminto da sociedade. Soluções estão à mostra a todo momento e para todo mundo. Uma delas é a transferência de tecnologia. Com tanta boa vontade que notamos em nossos líderes mundiais, não seria difícil um consórcio onde se ensinaria e proveria de boa infra-estrutura, de forma eficiente e eficaz, o cultivo, a produção, consumo de alimentos, erradicando a fome no mundo. Medidas nesses moldes não são para 2040, 2050 e sim pra já. A FAO deveria atuar em idéias semelhantes, em reunir nações realmente empenhadas em ajudar o povo faminto desse planeta e não em fazer considerações do que esse ou aquele País deve fazer. sem opinião
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O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
"Países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050..."
Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
28 opiniões
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