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06/02/2002
-
09h48
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
A produção industrial brasileira fechou o ano de 2001 com crescimento de apenas 1,5%, informou hoje o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Em 2000, a alta chegou a 6,6%.
A expansão da indústria nacional ficou bem aquém do que era esperado no início de 2001, quando vigorava um clima de otimismo exagerado. Por exemplo, a Fiesp esperava, então, evolução de 7,5% para a indústria paulista no ano, após registro de crescimento de 6,5% em 2000. No final, a entidade apurou avanço de 2,7% na indústria paulista em 2001.
A economista do Departamento de indústria do IBGE, Mariana Rebouças afirma que a produção brasileira apresentou trajetória declinante ao longo do ano.
Após expansões de 7,3% e de 3,2% nos dois primeiros trimestres, a indústria recuou para uma ligeira alta de 0,2% no terceiro trimestre e queda de 3,6% no último trimestre.
Entretanto, a técnica do IBGE frisa que o desempenho do Brasil foi melhor em relação às demais economias do mundo. Com base em dados agrupados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a economista cita que o Brasil ficou em primeiro lugar.
Somente Coréia e Chile apresentaram também resultado positivo, de 1,4% e 0,8%, respectivamente.
A indústria norte-americana registrou retração de 3,9% no ano passado. Países europeus, no rastro do desaquecimento dos Estados Unidos, também apresentaram quedas até novembro, como a Alemanha (-4,8), Espanha (-0,9%), França (-0,2%), Inglaterra (-2,0%) e Itália (- 0,5%).
O resultado de 1,5% de 2001 foi sustentado pelas indústrias ligadas à questão energética, ao setor agrícola para exportação e ainda ao setor de transportes. A crise na Argentina, elevação dos juros e do dólar, racionamento de energia e desaquecimento da economia global foram os principais fatores limitadores da expansão da atividade industrial.
No ano passado, dos 20 ramos pesquisados, apenas sete apresentaram alta. O maior impacto positivo veio dos produtos alimentares, cuja alta de 5,1% foi impulsionada pelas exportações de açúcar cristal e aves.
Também exerceram influência de alta os segmentos de material elétrico e de comunicações (7,3%), mecânica (5,3%) e material de transporte (5,3%). A indústria extrativa-mineral, estimulada pelo crescimento da produção de petróleo e gás no país, subiu 3,5%.
Quem puxou mais para baixo a produção brasileira foram as indústrias têxtil e de vestuário e calçados, com retrações de 5,7% e 6,5%, respectivamente. Neste caso, a queda da renda do trabalhador retraiu o consumo de roupas e calçados.
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Produção industrial brasileira cresce apenas 1,5% em 2001
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da Folha Online, no Rio
A produção industrial brasileira fechou o ano de 2001 com crescimento de apenas 1,5%, informou hoje o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Em 2000, a alta chegou a 6,6%.
A expansão da indústria nacional ficou bem aquém do que era esperado no início de 2001, quando vigorava um clima de otimismo exagerado. Por exemplo, a Fiesp esperava, então, evolução de 7,5% para a indústria paulista no ano, após registro de crescimento de 6,5% em 2000. No final, a entidade apurou avanço de 2,7% na indústria paulista em 2001.
A economista do Departamento de indústria do IBGE, Mariana Rebouças afirma que a produção brasileira apresentou trajetória declinante ao longo do ano.
Após expansões de 7,3% e de 3,2% nos dois primeiros trimestres, a indústria recuou para uma ligeira alta de 0,2% no terceiro trimestre e queda de 3,6% no último trimestre.
Entretanto, a técnica do IBGE frisa que o desempenho do Brasil foi melhor em relação às demais economias do mundo. Com base em dados agrupados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a economista cita que o Brasil ficou em primeiro lugar.
Somente Coréia e Chile apresentaram também resultado positivo, de 1,4% e 0,8%, respectivamente.
A indústria norte-americana registrou retração de 3,9% no ano passado. Países europeus, no rastro do desaquecimento dos Estados Unidos, também apresentaram quedas até novembro, como a Alemanha (-4,8), Espanha (-0,9%), França (-0,2%), Inglaterra (-2,0%) e Itália (- 0,5%).
O resultado de 1,5% de 2001 foi sustentado pelas indústrias ligadas à questão energética, ao setor agrícola para exportação e ainda ao setor de transportes. A crise na Argentina, elevação dos juros e do dólar, racionamento de energia e desaquecimento da economia global foram os principais fatores limitadores da expansão da atividade industrial.
No ano passado, dos 20 ramos pesquisados, apenas sete apresentaram alta. O maior impacto positivo veio dos produtos alimentares, cuja alta de 5,1% foi impulsionada pelas exportações de açúcar cristal e aves.
Também exerceram influência de alta os segmentos de material elétrico e de comunicações (7,3%), mecânica (5,3%) e material de transporte (5,3%). A indústria extrativa-mineral, estimulada pelo crescimento da produção de petróleo e gás no país, subiu 3,5%.
Quem puxou mais para baixo a produção brasileira foram as indústrias têxtil e de vestuário e calçados, com retrações de 5,7% e 6,5%, respectivamente. Neste caso, a queda da renda do trabalhador retraiu o consumo de roupas e calçados.
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