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Para especialistas, crise de alimentos abre oportunidade para América do Sul
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da Efe, no Rio
Para especialistas, a crise mundial causada pela baixa oferta de alimentos e pelo aumento dos preços abre uma oportunidade para a América do Sul, uma das poucas regiões que ainda podem aumentar sua produção agropecuária.
O papel da América do Sul na crise dos alimentos foi destacado por vários participantes da 15ª Reunião Interamericana em Nível Ministerial em Saúde e Agricultura, encerrada nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.
"Foi aberta uma grande oportunidade para praticamente todos os países da América do Sul. Toda a região tem oportunidade para aumentar sua produção agropecuária", afirmou o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura).
Os países sul-americanos são grandes produtores de matérias-primas agrícolas, e da região procedem 26,3% das exportações mundiais de carne bovina.
"O mundo sempre foi de oferta agropecuária. Hoje o mundo é de demanda. Nos últimos cinco anos consumimos os estoques que tínhamos, sem nos dar conta", afirmou Stephanes, ao indicar que a crise pode se prolongar por vários anos e gerar novos choques de preços.
Produção
Para um membro da delegação paraguaia, "os países do Mercosul têm áreas para aumentar sua produção e condições de aumentar sua produtividade de alimentos".
Segundo documentos apresentados na reunião, a ONU calcula que será necessário que em 2030 o planeta tenha uma produção 50% superior à atual para poder atender à demanda mundial de alimentos.
"É uma oportunidade que se abre, pelo menos para o Brasil, para aumentar sua participação no mercado mundial, e vamos aproveitá-la", afirmou Stephanes, à Efe.
Ele lembrou que embora o Brasil não tenha pretensões de se transformar no "celeiro do mundo", é um país que tem "terra, água, sol, condições geográficas, tecnologia e profissionais qualificados, além de uma estrutura para aumentar a participação da produção de forma significativa no mercado mundial".
Sustentável
Segundo os participantes da reunião, em sua grande maioria vice-ministros e técnicos, a América do Sul é uma das poucas regiões com condições de aumentar sua área de produção e sua produtividade de forma sustentável.
A região possui 344 milhões de cabeças de gado, equivalentes a 25% do rebanho mundial, e que respondem por 20% da produção global de carne bovina. Além disso, concentra 10% das aves e 5,3% dos suínos.
Essas porcentagens lhe permitem gerar 34% das exportações mundiais de carne de frango; 3% das vendas externas de carne suína e 10% das de leite.
O Brasil aproveitou o encontro para anunciar sua intenção de transferir gratuitamente aos demais países latino-americanos toda a tecnologia dominada pela Embrapa, considerada a principal produtora mundial de pesquisa em agricultura tropical.
"O Brasil pode ajudar a atenuar a crise mundial, e está disposto a transferir suas tecnologias para que outros países da região também possam aumentar sua produção excedente e suas exportações", afirmou Stephanes.
O ministro destacou que o Brasil pode aumentar significativamente sua área destinada à pecuária sem diminuir a que usa para a agricultura, nem devastar a Amazônia.
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Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
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