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27/02/2002 - 17h28

Otimismo volta e dólar cai a R$ 2,35, menor valor desde 7 de janeiro

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ELAINE COTTA
da Folha Online

Uma nova onda de otimismo voltou hoje ao mercado financeiro brasileiro. A resistência do Brasil aos choques externos (Argentina e terrorismo nos EUA) _citada hoje pela agência Moody's_ somada à mudança na metodologia de troca de títulos cambiais do Banco Central trouxe a euforia de volta ao mercado de câmbio.

Em meio a esse cenário, o dólar comercial fechou o dia em queda de 1,58%, cotado a R$ 2,358 na venda e a R$ 2,356 na compra, depois de ter oscilado entre a máxima de R$ 2,402 e a mínima de R$ 2,357. Esse é o menor patamar registrado desde o dia 7 de janeiro.

Junto a essas notícias veio a melhora do volume de negócios, que retomou os patamares registrado antes do Carnaval, e a entrada de dólares vindos de operações de exportação.

Pela manhã, os índices de inflação voltaram a sinalizar queda -embora foi menor que a prevista pelo mercado.

Hoje, a Moody's elevou a perspectiva de ratings do Brasil para positiva. A notícia sinaliza que a agência, em breve, poderá elevar as notas do país. Isso significa que o custo dos empréstimos no exterior, não só para o governo, mas também para empresas e bancos, tende a diminuir_ o que pode favorecer os consumidores com a concessão de crédito mais barato.

O motivo, segundo a Moody's, é que a "blindagem'' da economia brasileira contra as crises internacionais, como a da Argentina e os choques provocados pelos atentados terroristas de 11 de setembro, tem surtido efeito.

Troca de títulos cambiais
A outra notícia positiva veio do Banco Central. O BC alterou a metodologia de troca de títulos cambiais. A partir de agora, as rolagens poderão ser feitas por operações de swap cambial (contrato garantindo ao investidor a variação cambial). O BC também irá conjugar as trocas com leilões de LFT (Letras Financeiras do Tesouro), papéis com prazo entre 1 ano e 1,5 ano.

A nova medida visa, principalmente, reduzir os custos da rolagem para o governo e dar ao mercado melhores condições de operação. A operação, no entanto, não afeta o grau de exposição do BC ao risco cambial. Apenas facilita a rolagem e reduz os custos.

Inflação
Pela manhã foram divulgados dois índices de inflação. O IPC da Fipe recuou de 0,30% para 0,28% e do IPCA-15 de fevereiro, calculado pelo IBGE, caiu de 0,62% para 0,44%.

As taxas, apesar terem registrado recuo em relação aos índices anteriores, ficaram perto do teto das previsões dos analistas, que estimavam inflação entre 0,10% e 0,30% par ao IPC e entre 0,30% e 0,45%.

Paralelo e turismo
O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou cotado a R$ 2,50 na venda e a R$ 2,46 na compra, com estabilidade em relação ao encerramento dos negócios de ontem. Pela manhã, a moeda chegou a ser negociada a R$ 2,49, mas retornou ao patamar de ontem à tarde.

No Rio de Janeiro, a moeda norte-americana também ficou estável, negociada a R$ 2,48 na venda e a R$ 2,42 na compra.

O dólar turismo vendido em São Paulo, no entanto, fechou em queda de 0,40%, cotado a R$ 2,46 na venda e a R$ 2,39 na compra. No Rio de Janeiro, a moeda teve estabilidade, negociada a R$ 2,46 na venda e a R$ 2,42 na compra.

Veja a cotação do dólar durante o dia
 

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