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Paulo Bernardo diz que BC deu "pancada" nos juros para abreviar altas
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse nesta quinta-feira que o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic ontem, para 13% ao ano, mostra que o governo e principalmente o Banco Central não estão de brincadeira com a inflação.
Bernardo classificou a alta dos preços como o pior inimigo que se pode haver no momento, mas ressaltou que o governo não está alarmado com a situação.
Entenda como a taxa básica de juros influencia a economia
"Acho que o BC buscou resolver. Certamente, deve ter avaliado que uma pancada mais forte hoje pode encurtar o tempo de luta contra a inflação", afirmou o ministro, destacando que a orientação do presidente Lula é que se "bata duro" na alta dos preços para evitar a corrosão do poder de compra dos mais pobres.
Em ponto percentual (pp), trata-se da maior alta promovida desde fevereiro de 2003 --à época, a taxa passou de 25,5% para 26,5%. Desde então, as elevações, quando ocorreram, foram de 0,25 pp ou 0,5 pp.
O ministro chegou a comparar o Banco Central a um zagueiro de futebol. Segundo ele, o órgão "sai da área para matar a jogada de uma vez".
Bernardo admitiu o risco de alta dos juros influenciar o crescimento econômico. Segundo ele, assim como a inflação, essa é uma das principais preocupações do governo.
"Da mesma forma que a inflação, nos preocupa o crescimento econômico. Mas também achamos de da mesma forma, não é motivo para ficarmos alarmados e acharmos que vai ser uma catástrofe."
Sobre outros instrumentos de combate à inflação, o ministro destacou o aumento do superávit primário em 0,5 ponto percentual do PIB. Bernardo disse que a medida, anunciada neste ano, vai proporcionar uma redução de R$ 14,2 bilhões em gastos.
Ele acrescentou ainda que a adoção do corte não foi uma medida simples. Segundo ele, foi travada uma "luta medonha" para viabilizar o corte. "Os ministros se ressentem do fato de que estamos restringindo e apertando o Orçamento deles."
Paulo Bernardo participou hoje de evento da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), no prédio da Bolsa do Rio.
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Como diria a Copélia: "Prefiro não comentar!"
Eles não querem que o Brasil desenvolva, ou cresça. Eles querem conter o desenvolvimento, por isso que eles ficam lambendo o FMI, essas ONGs malditas, e as "queridas" dicas dos grandões. A Índia, a China, e a Rússia, não seguem eles e dá no que dá, estão crescendo muito mais que a gente... sendo a India e a China com inflação um pouco acima da nossa, sem aumento de juros.
Mais décadas virão e a América Latina continuara sendo o "continente do futuro", enquanto a Ásia que era muito mais pobre que nós, caminha para o desenvolvimento.
Não da mais, eu tenho que ir pra Austrália. Sinceramente.
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