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24/07/2008 - 13h33

Paulo Bernardo diz que BC deu "pancada" nos juros para abreviar altas

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse nesta quinta-feira que o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic ontem, para 13% ao ano, mostra que o governo e principalmente o Banco Central não estão de brincadeira com a inflação.

Bernardo classificou a alta dos preços como o pior inimigo que se pode haver no momento, mas ressaltou que o governo não está alarmado com a situação.

Entenda como a taxa básica de juros influencia a economia

"Acho que o BC buscou resolver. Certamente, deve ter avaliado que uma pancada mais forte hoje pode encurtar o tempo de luta contra a inflação", afirmou o ministro, destacando que a orientação do presidente Lula é que se "bata duro" na alta dos preços para evitar a corrosão do poder de compra dos mais pobres.

Em ponto percentual (pp), trata-se da maior alta promovida desde fevereiro de 2003 --à época, a taxa passou de 25,5% para 26,5%. Desde então, as elevações, quando ocorreram, foram de 0,25 pp ou 0,5 pp.

O ministro chegou a comparar o Banco Central a um zagueiro de futebol. Segundo ele, o órgão "sai da área para matar a jogada de uma vez".

Bernardo admitiu o risco de alta dos juros influenciar o crescimento econômico. Segundo ele, assim como a inflação, essa é uma das principais preocupações do governo.

"Da mesma forma que a inflação, nos preocupa o crescimento econômico. Mas também achamos de da mesma forma, não é motivo para ficarmos alarmados e acharmos que vai ser uma catástrofe."

Sobre outros instrumentos de combate à inflação, o ministro destacou o aumento do superávit primário em 0,5 ponto percentual do PIB. Bernardo disse que a medida, anunciada neste ano, vai proporcionar uma redução de R$ 14,2 bilhões em gastos.

Ele acrescentou ainda que a adoção do corte não foi uma medida simples. Segundo ele, foi travada uma "luta medonha" para viabilizar o corte. "Os ministros se ressentem do fato de que estamos restringindo e apertando o Orçamento deles."

Paulo Bernardo participou hoje de evento da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), no prédio da Bolsa do Rio.

Comentários dos leitores
Maurício Do Carmo Ferreira (2) 23/08/2008 20h23
Maurício Do Carmo Ferreira (2) 23/08/2008 20h23
Sugiro à Folha adotar um comportamento neutro nas chamadas de reportagens. Cansei de ver torcida, opiniões, pensamentos e interesses particulares tendo chamadas conclusivas ou sugestivas de decisão ou fato consumado. Não vejo neutralidade no uso constante dos temos "inflação ACELERA" e "inflação desACELERA", nesse caso o sentido é reforçado; também não vejo neutralidade em exprimir opinião, mesmo de dois economistas, depois de um fato, como se houvesse lógica ou ligação intrínseca e direta entre os dois. Em "Inflação começa a cair, MAS BC DEVERÁ CONTINUAR A ELEVANDO OS JUROS" há um fato e logo a seguir uma opinião, que da forma como foi colocado parece um consenso, coisa que certamente não há. Cirilo Júnior nessa matéria ouve dois economistas e dispara que "especialistas apontam..." generalizando, sem a busca do contraditório. É necessário ter e deixar bem claro o que é informação e o que é opinião. 2 opiniões
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Bernardo Fonseca Mendes (25) 23/08/2008 10h20
Bernardo Fonseca Mendes (25) 23/08/2008 10h20
Você quer saber? Cansei.
Como diria a Copélia: "Prefiro não comentar!"
Eles não querem que o Brasil desenvolva, ou cresça. Eles querem conter o desenvolvimento, por isso que eles ficam lambendo o FMI, essas ONGs malditas, e as "queridas" dicas dos grandões. A Índia, a China, e a Rússia, não seguem eles e dá no que dá, estão crescendo muito mais que a gente... sendo a India e a China com inflação um pouco acima da nossa, sem aumento de juros.
Mais décadas virão e a América Latina continuara sendo o "continente do futuro", enquanto a Ásia que era muito mais pobre que nós, caminha para o desenvolvimento.
Não da mais, eu tenho que ir pra Austrália. Sinceramente.
13 opiniões
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Eu acho um absurso esse aumento dos juros,pois o consumidor sempre é quem sai penalizado.Os bancos a cada dia lucram mais e massacram bastante a população,pois nos dias de hoje sempre estamos a precisar desses agentes financeiros que cobram taxa extorsivas,deixando o correntista cada vez mais atônito.O Banco Central puxa a taxa selic pra cima e certamente os empresários vão fazer o acompanhamento no aumento dos preços das mercadorias.Veja se o que estou dizendo não faz sentido.Vamos pagar pra esses usurpadores cada vez mais se locupletarem do nosso patrimônio.Com tanto aumento nas taxas bancárias e nos juros pra empréstimo,acredito que os velhos tempo irão voltar, embora de forma bastante lenta.O nosso dinheiro ser guardado no fundo do baú.Ninguém aguenta mais tanto imposto.Gostaria que o Presidente da República olhasse melhor para o povo brasileiro,embora tenha melhorado algo,mas falta melhorar bastante.O salário do brasileiro ainda é pouco pra bancar o enriquecimento desses"aproveitadores financeiros".Chega de tanta mentira e falsidade.Está na hora de ser dado um basta em tudo isso.Avante povo brasileiro! sem opinião
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