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06/03/2002 - 08h17

Mesmo com racionamento de energia, lojas lucram em 2001

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FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo

O impacto do racionamento de energia nos balanços do comércio de eletroeletrônicos foi menor do que se previa. Casas Bahia e Magazine Luiza lucraram até mais em 2001 do que em 2000. Ponto Frio e Lojas Cem registraram queda na rentabilidade, mas, ainda assim, fecharam no azul.

A Casas Bahia lucrou R$ 60 milhões em 2001, 20% mais do que em 2000 (R$ 50 milhões), enquanto o faturamento subiu 12,5% no período, de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,6 bilhões.

A Folha apurou que o Magazine Luiza deve anunciar lucro de cerca de R$ 15 milhões em 2001, 150% maior do que o de 2000. A receita da empresa cresceu 12,6% no período -de R$ 515 milhões para R$ 580 milhões.

O Ponto Frio deve apresentar lucro entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões em 2001, metade do registrado em 2000. E receita próxima à de 2000, da ordem de R$ 2,6 bilhões, segundo a Folha apurou.

A Lojas Cem também viu a rentabilidade encolher. A rede lucrou R$ 29 milhões em 2001, ou 9,3% menos do que em 2000. Já o faturamento cresceu 9% no período -de R$ 567 milhões em 2000 para R$ 620 milhões em 2001.

"O resultado não foi tão ruim, mas uma empresa sempre espera faturar e lucrar mais", afirma Valdemir Colleone, diretor da Cem.

A expectativa da rede era aumentar em 10% o lucro e em 15% a receita de 2001 sobre 2000. O que segurou esse crescimento, segundo ele, foi o racionamento, a alta do dólar e o receio do consumidor de perder o emprego.

O Magazine Luiza informa que o lucro do ano passado foi o melhor da história da empresa. Eldo Moreno, diretor, diz que algumas linhas, como forno de microondas e freezers, sofreram com o racionamento, mas a rede conseguiu compensar a queda com o aumento nas vendas de outros produtos. "Nosso mix de mercadorias está mais variado e isso nos ajudou muito."

Vários fatores levaram as redes a escapar do prejuízo no ano passado, segundo Oswaldo de Freitas Queiroz, diretor da Servloj, empresa que administra o crediário de lojas. "Acabou a guerra de preços do comércio por pressão dos próprios fornecedores, melhorou o controle da inadimplência e aumentou o ganho financeiro com as vendas a prazo."

Além disso, diz Queiroz, muitas redes conseguiram contornar a queda no consumo de eletrodomésticos com a venda de outros produtos.

A Casas Bahia reforçou a linha de móveis, que corresponde hoje a 30% do faturamento da empresa. Segundo Queiroz, a margem bruta na venda de um eletrodoméstico é de 15%. Nos móveis, chega a 50%.

O Magazine Luiza também ampliou o mix de produtos. A linha de móveis participa com 24% do faturamento da empresa e a de eletrodomésticos, que sempre foi maior, agora corresponde a 23%. A rede está ampliando ainda a oferta de brinquedos, artigos de cama, mesa e banho e confecções.

Casas Bahia, Lojas Cem e Magazine Luiza bancam a venda financiada ao consumidor e com isso conseguem obter margem de lucro maior, dizem os analistas.

Leia mais no especial sobre Crise Energética
 

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