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06/03/2002
-
09h21
da Folha de S.Paulo
Por conta do medo do apagão, as vendas de geradores no país dobraram no ano passado, saltando de 4.500 máquinas por ano para cerca de 9.000 máquinas segundo Daniel Herrera, gerente do grupo geradores da Atlas Copco.
Indústrias, supermercados, hospitais, hotéis, clubes e shopping centers que promoveram uma corrida à compra e locação dessas máquinas ao longo do ano passado estão agora com um mico nas mãos.
Desde o início do ano as fabricantes e locadoras vêm tendo cancelamento de pedidos que atrasaram e devolução de aparelhos com pouco ou nenhum uso.
A Rental Center, uma das maiores locadoras de máquinas e equipamentos de São Paulo, está com metade do seu estoque de 250 geradores de grande porte parados. "O racionamento foi um grande negócio para os fabricantes e importadores de geradores que venderam como nunca", diz Jan Wiegerinck, dono da locadora.
Ele mesmo comprou 100 dessas máquinas no ano passado para atender a demanda. "Desde janeiro estão devolvendo equipamentos", diz. Foi o caso de clientes grandes como a Metalúrgica Prada, que nem usou o gerador alugado, da Magnetti Marelli divisão Cofap, do Grupo Saint-Gobain e da Cebrace Divisão Jacareí.
Os fabricantes de geradores vivem o mesmo dilema. "Como houve uma grande demanda no ano passado, atrasou a produção e no final do racionamento alguns clientes tentaram cancelar", diz Eduardo D'Angelo, gerente da filial São Paulo da Leon Heimer Indústria e Comércio.
A orientação da Heimer é a mesma dos demais fabricantes. Elas tentam convencer os clientes a ficar com as encomendas orientando-os a usar os geradores no horário de ponta, (entre 17h30m e 20h30m) quando a energia é mais cara, para reduzir gastos.
"Depois do racionamento muitos ficaram com um elefante branco", diz D'Angelo, da Heimer. Segundo ele, um exemplo é o tradicional clube Paulistano, da capital, que comprou um gerador de grande porte que está parado. "Eles têm de ligar e desligar a máquina de vez em quando e pagar a manutenção", acrescenta.
Outro problema, segundo Herrera, da Atlas Copco, é que muitas empresas fizeram compras erradas. "De abril a julho do ano passado, as pessoas só queriam comprar máquinas temendo ficar sem energia. Depois é que foram ver como usá-las. Alguns chegaram à conclusão que compraram equipamento errado e não têm o que fazer com ele", diz Herrera.
Segundo o executivo, muitas empresas que procuraram a Atlas Copco para adquirir um gerador nem tinham potência instalada para movimentá-lo.
Leia mais no especial sobre Crise Energética
Vendas de geradores dobraram no ano passado
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Por conta do medo do apagão, as vendas de geradores no país dobraram no ano passado, saltando de 4.500 máquinas por ano para cerca de 9.000 máquinas segundo Daniel Herrera, gerente do grupo geradores da Atlas Copco.
Indústrias, supermercados, hospitais, hotéis, clubes e shopping centers que promoveram uma corrida à compra e locação dessas máquinas ao longo do ano passado estão agora com um mico nas mãos.
Desde o início do ano as fabricantes e locadoras vêm tendo cancelamento de pedidos que atrasaram e devolução de aparelhos com pouco ou nenhum uso.
A Rental Center, uma das maiores locadoras de máquinas e equipamentos de São Paulo, está com metade do seu estoque de 250 geradores de grande porte parados. "O racionamento foi um grande negócio para os fabricantes e importadores de geradores que venderam como nunca", diz Jan Wiegerinck, dono da locadora.
Ele mesmo comprou 100 dessas máquinas no ano passado para atender a demanda. "Desde janeiro estão devolvendo equipamentos", diz. Foi o caso de clientes grandes como a Metalúrgica Prada, que nem usou o gerador alugado, da Magnetti Marelli divisão Cofap, do Grupo Saint-Gobain e da Cebrace Divisão Jacareí.
Os fabricantes de geradores vivem o mesmo dilema. "Como houve uma grande demanda no ano passado, atrasou a produção e no final do racionamento alguns clientes tentaram cancelar", diz Eduardo D'Angelo, gerente da filial São Paulo da Leon Heimer Indústria e Comércio.
A orientação da Heimer é a mesma dos demais fabricantes. Elas tentam convencer os clientes a ficar com as encomendas orientando-os a usar os geradores no horário de ponta, (entre 17h30m e 20h30m) quando a energia é mais cara, para reduzir gastos.
"Depois do racionamento muitos ficaram com um elefante branco", diz D'Angelo, da Heimer. Segundo ele, um exemplo é o tradicional clube Paulistano, da capital, que comprou um gerador de grande porte que está parado. "Eles têm de ligar e desligar a máquina de vez em quando e pagar a manutenção", acrescenta.
Outro problema, segundo Herrera, da Atlas Copco, é que muitas empresas fizeram compras erradas. "De abril a julho do ano passado, as pessoas só queriam comprar máquinas temendo ficar sem energia. Depois é que foram ver como usá-las. Alguns chegaram à conclusão que compraram equipamento errado e não têm o que fazer com ele", diz Herrera.
Segundo o executivo, muitas empresas que procuraram a Atlas Copco para adquirir um gerador nem tinham potência instalada para movimentá-lo.
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