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22/03/2002 - 08h57

Conta de luz pode ficar de 12% a 15% mais cara na CPFL e na Cemig

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HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os reajustes das tarifas de energia para os consumidores residenciais da CPFL (SP) e da Cemig (MG), que entram em vigor em 8 de abril, podem variar de 12% a 15%. Para a indústria, o reajuste será maior. O aumento atinge 8,2 milhões de consumidores.

As duas empresas já fizeram pedido de reajuste para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que atende 2,8 milhões de consumidores no interior de São Paulo, pediu reajuste de 12,54%. A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), com 5,4 milhões de consumidores em Minas, pediu 15,89%.

O aumento extra concedido pelo governo para que as distribuidoras possam reaver as perdas que tiveram com o racionamento -de 2,9% para residências e de 7,9% para indústria e comércio- já está incorporado à tarifa das distribuidoras, desde dezembro. Vigora ao menos até o segundo semestre de 2005.

Os pedidos ainda estão em análise na Aneel. Podem ser revistos tanto para cima quanto para baixo, dependendo da análise que os técnicos da agência fizerem dos números apresentados e da variação do dólar e do IGP-M, dois dos custos que compõem a fórmula de reajuste que está no contrato de concessão das distribuidoras.

Outras distribuidoras
Também em 8 de abril haverá aumento para o 1,2 milhão de consumidores da Enersul (Empresa Energética do Mato Grosso do Sul) e da Cemat (Centrais Elétricas Mato-grossenses). A Cemat pediu 11,45%, e a Enersul, 12,29%.

No próximo dia 30, a energia sobe para 2,1 milhões de consumidores da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco). A empresa pediu aumento de 14,48% à Aneel.

Indústria
Os aumentos de energia para a indústria serão muito maiores do que o previsto e preocupam empresários que dependem desse insumo. Cálculos feitos pela Abrafe (Associação Brasileira dos Produtores de Ferro-Liga e Silício Metálico) indicam que a energia terá aumentado entre 42% e 47% entre o final de novembro de 2001 e o de abril. Em dólares, os aumentos chegam a 58%.

De acordo com Marco Antonio Jordão, vice-presidente da Abrafe, para os consumidores intensivos de energia, quatro fatores contribuem para o aumento: o reajuste extra de 7,9%, os R$ 4,9 por MWh para o seguro anti-racionamento, o reajuste normal das distribuidoras e um aumento de 8% por conta do fim do período de chuvas.

"É um tarifaço para o setor industrial", diz Jordão. "Haverá perda de competitividade das indústrias, que são exportadoras."

O setor de ferro-ligas produz um composto de ferro com outros metais que é usado pela indústria siderúrgica. Segundo a Abrafe, entre 1995 e 2000, as exportações do setor foram de US$ 5,4 bilhões, o que teria contribuído para reduzir o déficit da balança comercial em 18%.

No ano passado, de acordo com a associação, foram produzidas de 600 mil a 700 mil toneladas de ferro-liga.

Leia mais no especial sobre Crise Energética
 

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