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27/03/2002 - 08h59

Termelétricas assinam contrato de venda garantida de luz

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PEDRO SOARES
da Folha de S.Paulo, no Rio

A CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica) assinou ontem os primeiros contratos que garantem a compra da energia das chamadas "termelétricas mercantis", construídas com o objetivo de vender energia no mercado atacadista.

A CBEE garantirá a compra da energia gerada pela usina termelétrica Macaé Merchant, da norte-americana El Paso.

Também formam assinados contratos com mais três térmicas: Eletrobolt, da Enron, em Seropédica, no Rio; Juiz de Fora, da Cataguazes Leopoldina, em Minas; e Fafen, da Petrobras e da portuguesa EDP, na Bahia.

No caso da usina de Macaé (RJ), a maior delas, o valor do contrato é de R$ 387 milhões pelo período de um ano. Ao todo, o valor a ser desembolsado pela CBEE com a compra da energia das quatro usinas deve atingir R$ 1 bilhão.

A CBEE, no entanto, não dá mais detalhes sobre os contratos, pois aguarda o ministro Pedro Parente (Minas e Energia e Casa Civil) falar sobre o assunto.

Somadas, as quatro térmicas têm capacidade total de geração de 1.279 MW -energia suficiente para abastecer pouco menos de 4,5 milhões de pessoas de classe média. Nem todas, porém, estão ainda gerando a plena carga.

A Macaé Merchant, cuja capacidade total é de 870 MW, está gerando atualmente 550 MW e atingirá o pico ainda neste semestre. A Eletrobolt tem capacidade final de 350 MW, a Fafen, de 56 MW e a Juiz de Fora, de 103 MW.

A CBBE foi criada pelo governo, durante o racionamento, para comercializar a energia emergencial, enquanto o MAE (Mercado Atacadista de Energia) não sai do papel. Por divergências na contabilização e no pagamento da energia gerada, o mercado atacadista está parado.

As negociações para fechar esses contratos foram difíceis. No caso da El Paso, as conversas levaram oito meses. Desde que foi inaugurada, no final do ano passado, a usina gerava e apenas contabiliza o que colocava de energia no sistema, sem receber nada.

Por pura burocracia, o contrato da El Paso com a CBEE, que já deveria ter sido fechado, atrasou cerca de dois meses. Motivo: eram necessário três laudos de quanto a usina gerou desde sua inauguração- o da empresa, do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e do MAE.

O MAE teria alegado, segundo a Folha apurou, uma cláusula de confidencialidade para não fornecer os dados. A CBEE dizia à época que já estava tudo pronto para fechar o contrato, só faltando os laudos.

Leia mais no especial sobre Crise Energética
 

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