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01/04/2002 - 09h04

Falar sobre dinheiro é tabu para casais

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da Folha de S.Paulo

A socióloga e consultora Glória Maria Pereira diz que, no Brasil, os casais não discutem questões financeiras. "Quando falam em dinheiro, dá briga," diz ela. "As pessoas precisam aprender a lidar com dinheiro, pois ele desperta emoções como a raiva e o medo."

"São essas emoções que definem o perfil de cada um no trato das finanças pessoais", afirma. Entender como cada um se relaciona com o dinheiro, ou a falta dele, ajuda a evitar conflitos e equilibrar as contas.

Você é do tipo pão-duro? Pessoas assim são movidas pelo medo do futuro, segundo Pereira. Para o sovina, o futuro está sempre mais adiante e nunca é hora de gastar dinheiro. Ele não vive, não desfruta de seus bens.

Já o gastador, segundo Pereira, é aquele que vive tão intensamente o presente, sem planejamento, que sempre joga as dívidas para o futuro. Cuidado: os gastadores perdem o patrimônio e economias próprios e da família.

Esse tipo de pessoa só conseguirá lidar melhor com o dinheiro se identificar a emoção que o impele a gastar e passar a controlá-la. "O gastador compulsivo é como o consumidor de drogas ou o alcoólatra, não se livra do problema sozinho", diz Pereira.

Para o economista José Pastore, um estudioso da família brasileira, "quando o casal está afinado consegue administrar as finanças sem muita burocracia. Se o casamento vai mal, eles brigam por uma caixa de grampos".

Pastore alerta que o risco que se corre nas sociedades modernas é estabelecer tanto controle sobre as finanças a ponto de transformar o casamento em negócio. É o caso dos contratos nupciais, feitos nos EUA, na Inglaterra, na Alemanha e na Austrália.

Esse contratos determinam a posse dos bens de cada um em caso de separação e até o valor da pensão alimentícia dependendo da duração da união. "O pressuposto é que é preciso algo mais para garantir o futuro da relação. Na minha opinião, isso mata o romance e o casamento."

 

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