Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/09/2008 - 16h57

Congressistas chegam a acordo nos EUA; pacote será liberado em prestações

Publicidade

da Folha Online

O pacote de US$ 700 bilhões proposto pelo Departamento do Tesouro para controlar a crise financeira nos Estados Unidos será liberado em prestações. De acordo com o divulgado até agora, uma primeira parcela de US$ 250 bilhões será disponibilizada imediatamente, com possibilidade de desembolso adicional de US$ 100 bilhões se necessário, informaram fontes que participaram da reunião desta quinta-feira.

Segundo fontes citadas pelo jornal "The Wall Street Journal", o Congresso também será capaz de bloquear a última prestação por meio de votação, caso não esteja satisfeito com a aplicação do programa. Após uma reunião de mais de duas horas, congressistas republicanos e democratas chegaram a um "acordo fundamental" para votar o pacote de ajuda.

Entenda a crise financeira que atinge os EUA

Um grupo de nove congressistas informou que uma negociação levou ao acordo. O senador republicano Robert Bennett disse, segundo o diário americano, estar otimista. Segundo ele, os congressistas chegaram "a um plano que vai passar pela Casa [dos Representantes, a Câmara dos Deputados dos EUA] e pelo Senado".

"Chegamos a um acordo em uma série de pontos importantes", disse o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa, o democrata Barney Frank. "Acredito que aprovaremos esse pacote antes dos mercados abrirem na segunda-feira [29]", afirmou por sua vez o senador republicano Bob Corker.

Susan Walsh/AP
O senador e presidente do Comitê de Bancos do Senado, Christopher Dodd (centro)
O senador e presidente do Comitê de Bancos do Senado, Christopher Dodd (centro)

O senador democrata e presidente do Comitê de Bancos do Senado, Christopher Dodd, disse que os legisladores americanos irão agir "com presteza" para aprovar o pacote, que permitirá ao Departamento do Tesouro comprar no mercado financeiro papéis de risco, como os lastreados por hipotecas "subprime" (que reúne clientes com histórico de crédito duvidoso).

O acordo a que os congressistas chegaram deve incluir medidas que não estavam na proposta original do secretário do Tesouro, Henry Paulson, como limites às remunerações dos executivos dos bancos beneficiados pelo pacote, além de algum instrumento para que o governo recupere parte dos US$ 700 bilhões que pretende empregar para enxugar do mercado os títulos de risco.

Os parlamentares americanos que estiveram na reunião pretendem conversar com suas bancadas na Casa e no Senado antes do encontro marcado hoje com o presidente Bush, além dos candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano), às 17h (em Brasília) na Casa Branca.

A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse hoje que as negociações para fechar o acordo sobre o pacote alcançaram "progresso significativo". "Acredito que fizemos progresso significativo, temos um esboço sobre o qual poderemos concordar", disse Perino. "E esperamos fazer isso rapidamente."

Ela não ofereceu detalhes sobre o andamento das negociações, ou eventuais concessões feitas para fechar o acordo, no entanto. "Demos alguns passos adiante, e eles [no Congresso] deram alguns passos em nossa direção', afirmou a porta-voz, antes das declarações dos congressistas. "Assim, estamos nos aproximando de um consenso e vamos tentar levar isso em direção a uma conclusão hoje."

Reuters
Na TV, Bush admite que os EUA estão imersos em crise financeira: "Sem ação do Congresso, os EUA podem afundar em pânico"
Na TV, Bush admite que os EUA estão imersos em crise financeira: "Sem ação do Congresso, os EUA podem afundar em pânico"

Perino enfatizou a urgência em se aprovar o pacote, destacando a forte pressão sobre os mercados de crédito que a crise pode exercer.

Bush

Ontem, em discurso na TV, Bush disse que os Estados Unidos estão "imersos em uma grave crise financeira" e pediu a aprovação urgente do pacote. O presidente afirmou que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro e a recessão. "Se a ajuda não for aprovada, poupanças serão perdidas, os despejos aumentarão, empregos serão perdidos, empresas vão fechar e o país irá mergulhar em 'uma longa e dolorosa recessão", disse.

"Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho à qualquer intervenção do governo", disse. Mas essas "não são circunstâncias normais. Os mercados não estão funcionando corretamente. Há uma disseminação da perda da confiança".

Origem

O atual momento da crise financeira americana tem em sua raiz a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, a venda do Merrill Lynch ao Bank of America e os problemas da seguradora AIG, que precisou de um empréstimo de US$ 85 bilhões do Fed --todos eventos ocorridos na semana passada.

No início do mês já havia sinais de agravamento da situação: as duas gigantes hipotecárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac, também sem caixa, levaram o Tesouro a preparar uma ajuda de US$ 200 bilhões, para manterem as portas abertas. As duas, no entanto, passaram a ser controladas pelo governo, através da FHFA (Federal Housing Finance Agency), a agência financeira federal para o setor imobiliário residencial.

Comentários dos leitores
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nao se deixem enganar pela propaganda, os EUA quebraram pois o governo nao teve controle dos especuladores, eles ficaram milionarios correndo riscos com dinheiro do imposto.
O Brasil nao teve problemas porque os bancos nao precisaram correr risco nenhum tiveram lucro usando dinheiro do governo com alto juros aprovado pelo governo, mas como os custos em geral estao crescendo muito impulsionado por propagandas suspeitas, quem pode quebrar no Brasil e a classe media pois nao terao $$ para pagar o alto custo dos servicos de crecdito brasileiro.
Portanto olho vivo nao se deixem individar por propagandas enganosas...a coisa pode quebrar, temos que ter o pe no cha.
sem opinião
avalie fechar
JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
OS GRANDES SETORES, NACIONAIS OU ESTRANGEIROS), BANCOS, ESTATAIS (PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONOMICVA FEDERSAL), AMBEV, AUTOMOTIVA, ALIMENTCIA, E MUITAS OUTROS, NESSE PÁIS MANDAM E DESMADAM, GANHAM QUANTO QUEREM. QUESTIONA-SE, SERÁ QUE UM PAIS DO PRIMEIRO MUNDO TERIAM TANTO LUCRO ASSIM SEM DAR NADA EM TROCA PARA A POPUÇÃO? E A PETROBRAS,O SOGAN "O PETROLEO É NOSSO", NOSSO DE QUEM? TEMOS UM DAS GASOLINAS MAIS CARA DO MUNDO. E O CAIXA PRETO DA PETROBRAS? VIVA O LULA. sem opinião
avalie fechar
Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
A respeito da volta da cobrança do ipi. É por demais conhecida a alta carga trkibutária brasileira, assim como esta redução de preços, aos trabalhadores de salários baixos e buscando melhorias que possam lhes dar mais capacidade de consumo, a não repassar a volta da taxação do ipi seria uma retribuição aos beneficios recebidos, um empenho em prol de ganhos de escala. Consumidor brasileiro que paga preços altos quando comparado aos praticados em diversos países, históricamete tem sido assim. No pós estouro de manada, crise no país da maior econômia do mundo e diversos outros paises, muitas industrias tiveram boas vendas e lucros aqui, graça ao interese do consumidor brasileiro, esta hora, a da volta do ipi, seria oportuno que os industriais continuassem praticando os preços atuais, beneficiando o consumidor, e permitido que esles possam ter bons lucros em ganho de escala, dada as pespectivas, e nivel de poder econômico do consumidor. Certo é que mesmo sem majoração dos preços, mesmo assim os preços ainda estarão maiores ao praticado em muitos outros países, inclisive aos de origem de algumas industrias, lá estão tendo quedas de vendas e até enfretam falta de rentabilidade...... 2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (4497)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página