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08/10/2008 - 13h07

Petrobras só deixa Equador se for compensada, diz Amorim

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O ministro Celso Amorim (relações Exteriores) voltou a admitir a possibilidade de a Petrobras deixar suas operações no Equador, mas destacou que a estatal tem que ser "compensada" pelos investimentos que fez.

Amorim destacou que o governo vem acompanhando as negociações entre a empresa e o governo equatoriano, mas disse que não pode interferir diretamente nesse processo.

"Se as condições não foram favoráveis, no final das contas a Petrobras sai, desde que possa sair adequadamente, sendo compensada pelos investimentos que tiver feito", afirmou Amorim antes de reunião com representantes da Nicarágua sobre acordos bilaterais com o Brasil.

Amorim acrescentou que não esperava esse novo problema com o Equador. Ele lembrou que há pouco menos de um ano, a Petrobras tinha resolvido questão semelhante relativa ao bloco 31 --desta vez, a área em discussão é referente ao bloco 18.

"Não se pode dar importância para o excesso de declarações. Uma coisa é um jogo de mídia, outra coisa é o que está sendo negociado."

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Petrobras poderá deixar o Equador se não houver um acordo satisfatório para que a empresa continue suas atividades exploratórias, mas disse estar confiante em uma resolução, nem que seja política.

O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou no último sábado nacionalizar o campo da Petrobras, que produz 32 mil barris de petróleo por dia, caso a empresa brasileira não renegocie seu contrato.

Correa ordenou a renegociação dos contratos, que atualmente dão ao Estado 18% do petróleo, para que o país fique com toda a extração, em troca do pagamento dos custos de produção e uma margem de lucro às companhias de petróleo.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o Brasil tem obrigação de defender seus interesses no Equador. Lobão disse, porém, não acreditar que a estatal terá prejuízos naquele país.

Lobão disse, porém, que o ministério não está envolvido nas negociações, que estão sendo tratadas pela diplomacia brasileira. "Entre países civilizados não há porque imaginar prejuízos provocados unilateralmente. O que está havendo é uma pequena insatisfação daquele governo que nós estamos tratando de examinar e decidir junto com eles, dentro da amizade que os países têm", completou.

 

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