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Ministro Luiz Marinho é citado em escândalo sexual da Volks na Alemanha
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da Folha Online
O escândalo sexual que atingiu a montadora alemã Volkswagen, que teria pago com dinheiro da empresa orgias para corromper executivos e sindicalistas, respingou hoje no ministro Luiz Marinho (Trabalho).
Em entrevista ao jornal alemão "Die Welt" publicada hoje, o ex-gerente de Recursos Humanos, Klaus Joachim Gebauer, principal acusado no escândalo, afirmou que na filial brasileira da empresa havia um sistema de corrupção semelhante ao existente na matriz em Wolfsburg (Alemanha).
Segundo Gebauer, o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, e o ex-diretor do conselho de fábrica Mário Barbosa estiveram em uma boate em Wolfsburg às custas da empresa.
"Cinco garotas dançavam sobre as mesas e flertavam com os visitantes, assim como os homens gostam", disse ao jornal. Ele também detalhou o que chamou de "viagens de lazer": "Para as lideranças, tudo era perfeitamente organizado. Com hotéis de luxo e tudo o mais --portanto, também mulheres."
Outro lado
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, divulgou, no início da noite, nota em que classificou de "falsas e mentirosas" as acusações de Klaus-Joachin Gebauer. "Provocaram-me grande indignação e perplexidade", declarou. Na nota, ele diz que acionará na Justiça os responsáveis pelas calúnias e difamações que atentam contra a sua honra.
Mário Barbosa, que está em Genebra, deverá responder a denúncia nas próximas horas, segundo a assessoria.
Já a Volkswagen afirmou que o ex-empregado Klaus Joachim Gebauer foi "demitido sumariamente sob a acusação de enriquecimento ilícito" e afirmou que a empresa "fará todos os esforços para obter o total esclarecimento dos fatos, a despeito de pessoas ou de suas posições na companhia".
"Além das investigações solicitadas pela Volkswagen e conduzidas pela Promotoria Pública na Alemanha, a companhia contratou a auditoria independente KPMG para realizar uma apuração completa do caso. Os trabalhos de ambos estão em andamento", diz nota divulgada pela Volks.
A empresa lembra ainda que o departamento de auditoria interna da Volkswagen tem 30 profissionais exclusivamente dedicados a esse trabalho, além de outros 20 auditores externos da KPMG.
Antes de ser ministro, Marinho trabalhou na Volkswagen, presidiu o sindicatos dos metalúrgicos e depois comandou a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
A Volkswagen está sendo investigada por promotores alemães por ter, desde a década de 90, pago viagens de turismo sexual a executivos da área de recursos humanos e representantes da comissão de fábrica com o objetivo de corrompê-los e facilitar o relacionamento com os trabalhadores.
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