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11/09/2000 - 10h59

Mercado inicia semana acompanhando petróleo e inflação

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RICARDO MIGNONE
do FolhaNews, em Brasília

Além dos olhares atentos no comportamento dos preços do petróleo após a reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), os índices de inflação que serão divulgados esta semana são os mais esperados pelo mercado financeiro.

Na semana passada, em Nova York, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse que "o pior da inflação já passou'' e previu índices bem menores do que os dos últimos dois meses.
Hoje, às 17h30, a Fundação Getúlio Vargas divulga a primeira prévia do IGP-M de setembro (o IGP-M de agosto atingiu 2,39%).

Amanhã saem o IGP-DI (também da FGV) e o IPCA calculado pelo IBGE relativo a agosto. O IPCA, que serve de base para a definição das metas inflacionárias do governo, ainda deve embutir as altas dos combustíveis do mês passado (o índice registrou inflação de 1,61% em julho, contra 0,23% em junho).

Na quinta-feira, a Fipe divulga a inflação da primeira quadrissemana de setembro. Espera-se queda expressiva em relação à inflação de 1,55% registrada pela Fipe em agosto.

Esses índices, aliados ao comportamento dos preços do petróleo após a reunião da Opep, que decidiu ontem, em Viena, elevar a produção em 800 mil barris diários, vão servir de pano de fundo para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central na próxima semana (dias 19 e 20). Se os índices mostrarem recuo da inflação e os preços do petróleo ficarem abaixo de US$ 30 o barril, o Copom pode promover pequeno corte na taxa Selic, hoje de 16,5% ao ano.

Ainda no plano econômico, há a expectativa de que o governo de São Paulo divulgue amanhã o preço mínimo da Cesp Paraná, que deverá ser privatizada em novembro. Também é esperada a divulgação do cronograma de privatização do Banespa, embora o Sindicato dos Bancários de São Paulo pretenda entrar no STF com novo recurso, o que pode complicar novamente a venda do banco.

No plano político, o destaque fica por conta da tentativa do Congresso de realizar mais uma semana de esforço concentrado, a última antes das eleições municipais, mas não estão previstas votações importantes. Na Câmara, a pauta de votação está emperrada por sete projetos de lei com urgência constitucional, sendo quatro do Plano Nacional de Segurança.

Amanhã a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado realiza a sabatina do novo diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Ainda no Senado, deve continuar a polêmica que envolve o fim da subcomissão que estava encarregada de investigar o desvio de R$ 169 milhões destinados à construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. A subcomissão era presidida por Renan Calheiros (PMDB AL), que renunciou ao cargo na quarta-feira passada, mesmo dia em que a oposição abandonou os trabalhos.

A subcomissão transferiu para outra comissão do Senado, a CFC (Comissão de Fiscalização e Controle) a tarefa de prosseguir nas investigações. A líder do Bloco de Oposição, Heloísa Helena (PT-AL), disse que o PT e o PDT vão cobrar da CFC a continuidade da apuração, mesmo que ela não tenha os poderes de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), como o de quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico.

O presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) vai reunir a Mesa Diretora amanhã para decidir o que será feito quanto às investigações.

Na quarta ou quinta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso deverá reunir os ministros, incluindo Pedro Malan (Fazenda), para discutir a ampliação dos projetos sociais no país. A idéia é estender a todos os bolsões de pobreza o programa Índice de Desenvolvimento Humano 14 (ou IDH14), recentemente lançado para reduzir a pobreza e melhorar os índices de educação nos 14 Estados considerados mais pobres.

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